Descrição de chapéu Twitter mercado de trabalho

Demissão no X, ex-Twitter, por contestar volta a escritório foi ilegal, diz autoridade dos EUA

Empresa teria violado lei que garante livre associação e manifestação dos trabalhadores

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Samrhitha Arunasalam Brendan Pierson
Bengaluru e Nova York | Reuters

A plataforma de rede social X (ex-Twitter), de Elon Musk, demitiu ilegalmente uma funcionária em retaliação por suas publicações online contestando a política da empresa de retorno ao escritório, disse o conselho trabalhista norte-americano nesta sexta-feira.

Na denúncia, a diretoria regional do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA (NLRB, na sigla em inglês) acusou a plataforma X de violar a lei federal que proíbe punir funcionários por se comunicarem e se organizarem com outras pessoas sobre suas condições de trabalho.

A rede social não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

Dono da Tesla e do X (ex-Twitter), Elon Musk em conversa com repórteres em saída de evento realizado no Capitólio, na capital federal de Washington. Musk veste costume escuro, camisa branca e gravata escura. Ele tem cabelos castanhos e barba por fazer.
Dono da Tesla e do X (ex-Twitter), Elon Musk em conversa com repórteres em saída de evento realizado no Capitólio, na capital federal de Washington - Nathan Howard/Getty Images/AFP

O NLRB disse que a disputa teve início em 10 de novembro de 2022, depois que Musk ordenou que os trabalhadores retornassem ao escritório em novembro do ano passado e supostamente disse "se você pode comparecer fisicamente ao escritório e não aparece, aceitamos o pedido de demissão".

A funcionária Yao Yue respondeu com uma publicação no Twitter dizendo aos colegas de trabalho: "Não se demitam, deixem que ele demita vocês". Poucos dias depois, ela foi demitida, o que viola a legislação norte-americana sobre relações trabalhistas, de acordo com a denúncia.

Musk concluiu a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 224 bilhões) em outubro do ano passado e iniciou sua gestão com uma série de demissões, incluindo de altos executivos, reduzindo mais da metade da força de trabalho como medida de corte de custos.

A empresa está enfrentando uma série de processos judiciais decorrentes das demissões, incluindo alegações de que direcionou as demissões a mulheres e trabalhadores com deficiências e que não pagou a indenização prometida aos funcionários demitidos.

A empresa tem negado irregularidades nos casos em que apresentou respostas.

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