Descrição de chapéu Folhainvest Santander

Lucro do Santander cai 12,60%, para R$ 2,7 bilhões no 3º tri

Com queda na inadimplência, banco melhora a rentabilidade em 2023

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São Paulo

O lucro líquido recorrente do Santander Brasil foi de R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 12,60% comparada ao mesmo período de 2022. Em relação ao segundo trimestre, o valor representa uma melhora de 18,20%, segundo dados publicados pelo banco nesta quarta-feira (25).

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido, indicador que mede a rentabilidade da operação) foi de 13,10% de julho a setembro, o melhor do ano até então, mas menor que os 15,6% do terceiro trimestre do ano passado.

Apesar da queda anual, o dado é melhor que os R$ 2,453 bilhões de lucro e 11,8% de ROE esperados pela XP.

Fachada de uma agência do Santander
Fachada de uma agência do Santander; a unidade brasileira do banco lucrou R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre de 2023 - Edgard Garrido/REUTERS

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Fachada de uma agência do Santander; a unidade brasileira do banco lucrou R$ 2,729 bilhões no terceiro trimestre de 2023

A carteira de crédito do Santander cresceu 1,3% na comparação trimestral (1,0% desconsiderando o
efeito da variação cambial), para R$ 502,6 bilhões em setembro. Em relação ao terceiro trimestre de 2022, houve aumento de 3,79%

Segundo a administração, o banco retomou a expansão para as pequenas e médias e acelerou a concessão de crédito e de títulos privados para grandes empresas. "O que embasará o nosso objetivo de dobrar o negócio a médio prazo."

Para pessoas físicas, o aumento trimestral foi de 1,6% e o anual, de 5,58%. Para pequenas e médias empresas, este ganho foi de 3,1% e de 6,45%, respectivamente.

No consignado, a concessão chegou a R$ 64,6 bilhões, 12,4% maior em relação ao mesmo período de 2022, com crescimento acima do mercado, segundo o banco.

Além do aumento na concessão, a inadimplência caiu para o melhor patamar desde o primeiro trimestre de 2022, indo a 3%. No trimestre passado, ela estava a 3,3%.

Com isso, o banco reduziu a provisão contra calotes em 6%, para R$ 5,618 bilhões.

"Esta melhora se deve à estratégia adotada desde o início de 2022, mais seletiva em crédito, com foco em produtos com garantias e em clientes com melhor perfil de risco", afirma Gustavo Alejo, diretor financeiro do Santander Brasil.

Às 11h07, os papéis do Santander Brasil na Bolsa de Valores de São Paulo recuavam 1,02%, a R$ 27,19.

"A carteira de crédito do banco cresceu de maneira tímida, principalmente pelo menor apetite à risco. Em nossa visão, à medida que o banco consiga estabilizar os índice de inadimplência, trazendo-os para a média histórica, ele deve voltar a crescer a carteira de crédito", afirma José Eduardo Daronco, analista da Suno Research.

No terceiro trimestre de 2021, ano que o banco teve lucro recorde, o resultado foi de R$ 4,27 bilhões. Segundo os executivos do banco, o resultado estava calcado na concessão de crédito, o que acabou se tornando o vilão em 2022.

"Tínhamos uma dependência maior de crédito no mercado e ano passado ficou claro que tínhamos que diversificar a nossa carteira", disse Mário Leão, presidente do banco em entrevista aos jornalistas após a divulgação do balanço.

A estratégia é buscar uma carteira mais saudável, por mais que ela seja menos rentável no primeiro momento. "Escolhemos decrescer em alguns negócios, especialmente os sem garantia, como cartão de crédito e crédito pessoal. Estamos crescendo de forma mais seletiva", completou Leão.

Raio-X | Santander Brasil no 3º tri de 2023

Funcionários: 55.739

Clientes: 64,6 milhões

Lojas e pontos de atendimento: 2.756

Lucro líquido: R$ 2,729 bilhões

ROE: 13,10%

Fundação: em atividade no mercado local desde 1982

Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa

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