Descrição de chapéu greve

Na Black Friday, Amazon é alvo de greves e protestos na Europa

Funcionários protestam contra condições de trabalho em diversos países da Europa

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Londres | Reuters

Trabalhadores da Amazon entraram em greve em várias localidades da Europa nesta sexta-feira (24), quando os protestos contra as práticas de trabalho da gigante do comércio eletrônico dos Estados Unidos ganharam corpo na Black Friday, um dos dias mais movimentados do varejo no ano.

A campanha "Make Amazon Pay" (Faça a Amazon Pagar), coordenada pela UNI Global Union, disse que as greves e os protestos ocorrem em mais de 30 países desde a Black Friday até segunda-feira (27).

Trabalhadores da Amazon protestam em frente à sede da empresa em Coventry, na Inglaterra
Trabalhadores da Amazon protestam em frente à sede da empresa em Coventry, na Inglaterra - Phil Noble/Reuters

Na Alemanha, o segundo maior mercado da Amazon em vendas no ano passado, o sindicato Verdi informou que cerca de 250 trabalhadores estavam em greve em um depósito da Amazon em Leipzig nesta sexta-feira, cerca de 20% da força de trabalho da unidade, e 500 cruzaram os braços em um centro de distribuição em Rheinberg - quase 40% dos trabalhadores.

O sindicato disse que uma greve de 24 horas em cinco centros de distribuição no país havia começado à meia-noite de quinta-feira para exigir um acordo salarial coletivo.

Um porta-voz da Amazon na Alemanha disse que apenas um pequeno número de trabalhadores estava em greve e que os funcionários recebem salários justos, com um salário inicial de mais de 14 euros (R$ 68,42) por hora. O porta-voz disse que as entregas dos pedidos da Black Friday serão pontuais.

Em Coventry, na Inglaterra, mais de 200 trabalhadores estavam em greve nesta sexta-feira em um depósito da Amazon, como parte de uma longa disputa salarial.

Nick Henderson, um trabalhador do centro de distribuição de Coventry, que atua como um centro de logística para a Amazon processar produtos para enviar a outros depósitos, afirmou que estava em greve por salários mais altos e melhores condições de trabalho.

Na Itália, houve relatos conflitantes sobre a participação na greve. O sindicato CGIL comunicou que mais de 60% dos trabalhadores do depósito da Amazon em Castel San Giovanni entraram em greve nesta sexta-feira, mas a companhia afirmou que mais de 86% dos trabalhadores compareceram ao trabalho e que não houve impacto nas operações.

O sindicato espanhol CCOO convocou os trabalhadores da Amazon para uma greve de uma hora em cada turno na "Cyber Monday", o último dia dos dez dias de vendas da empresa no período.

Na França, os armários de encomendas da Amazon —localizados em estações de trem, estacionamentos de supermercados e esquinas, e usados por muitos clientes para receber encomendas— também foram alvo de protestos.

Os armários em Paris e em outras cidades da França foram cobertos com cartazes e fita adesiva, de acordo com a organização antiglobalização Attac, que planejou o protesto.

A Attac, que chama a Black Friday de "celebração da superprodução e do consumo excessivo", disse que espera que o protesto seja mais amplo do que no ano passado, quando estima que 100 armários da Amazon em toda a França tenham sido alvo.

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