A Starbucks relatou nesta quinta-feira (2) uma receita líquida recorde de US$ 9,4 bilhões em seu quarto trimestre fiscal, encerrado em 1º de outubro —aumento de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seus resultados, a empresa citou o bom desempenho em vendas nos Estados Unidos e na China, mas ignorou a situação da marca no Brasil.
A SouthRock, operadora da Starbucks no Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial na última terça-feira (31), dias depois de ter perdido o direito de uso da marca no país. O fundo de investimentos cita dívidas de R$ 1,8 bilhão.
O lucro líquido da empresa americana foi de US$ 1,22 bilhão –aumento de quase 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido diluído também cresceu no período observado, alcançando a marca de US$ 1,06 por ação. O valor é 40% maior em comparação ao quarto trimestre fiscal de 2022.
Ainda de acordo com a Starbucks, foram abertas 816 lojas da marca pelo mundo, chegando hoje a 38 mil unidades. Do total, 52% são operadas pela companhia, e o restante funciona por meio de licenças. Os Estados Unidos e a China detêm 61% do portfólio da empresa.
As vendas cresceram 8%, segundo os resultados informados pelo relatório.
No Brasil, o grupo SouthRock perdeu o direito de uso da marca devido ao atraso no pagamento previsto no acordo de licenciamento. A notificação da rescisão da licença chegou em 13 de outubro deste ano, em meio a negociações de repactuação do contrato.
Nesta quarta (1º), o juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo, negou o pedido de tutela de urgência feito pela SouthRock para suspender a rescisão do acordo de licenciamento.
A empresa relatou desafios econômicos ocasionados pela pandemia, pela inflação e pela taxa de juros elevada. Nesta semana, várias lojas da Starbucks pelo país estavam fechadas e há relatos de demissões de funcionários.
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