Veja linha do tempo da crise da controladora do Starbucks no Brasil

Edição da newsletter FolhaMercado mostra sequência de acontecimentos que levaram a pedido de recuperação judicial da SouthRock

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São Paulo

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Fundo perdeu licença da Starbucks Brasil

O grupo SouthRock, que controla a Starbucks Brasil, atrasou o pagamento previsto no acordo de licenciamento e perdeu o direito de uso da marca no país.

Na terça, o fundo de investimento entrou com um pedido de recuperação judicial (RJ), em que também solicitou a suspensão da rescisão do acordo de licenciamento –negada pelo juiz nesta quarta.

Linha do tempo:

  • 13.mar.2018: SouthRock, fundada em 2015 pelo americano Ken Pope, compra o direito de operação da Starbucks Brasil. O fundo adquire direitos de outras marcas nos anos seguintes.
  • 13.out.2023: dona da Starbucks comunica a SouthRock da suspensão do direito de operação da marca brasileira por atraso de pagamento.
  • 27.out.2023: fundo não consegue chegar a acordo com a dona da marca internacional, e contrato é rompido.
  • 31.out.2023: SouthRock entra com pedido de RJ na Justiça de São Paulo, citando dívidas de R$ 1,8 bilhão.

E agora? A SouthRock diz que vai recorrer e tentar a suspensão do fim do contrato com a Starbucks internacional enquanto o pedido de recuperação judicial é analisado.

  • São 187 lojas da rede de cafeterias no país, com faturamento de R$ 50 milhões.

A solicitação inclui ainda a operação de outras marcas no país, como Eataly, TGI Fridays e Brazil Airport Restaurantes. O Subway no Brasil também é controlado pelo fundo, mas não entrou no processo.

No pedido de RJ, a SouthRock apontou a pandemia e os altos juros como motivos que a fizeram solicitar proteção dos credores. Disse que o grupo registrou queda de 95% das vendas em 2020, 70% em 2021 e 30% em 2022.

O fundo ainda solicitou que a Justiça suspendesse as garantias em recebíveis, ou seja, as receitas dos restaurantes que ficam com os bancos quando não há o pagamento de dívida. A antecipação desse pedido também foi negada.


Juros aqui e lá

As decisões dos bancos centrais brasileiro e americano divulgadas nesta quarta vieram em linha com as expectativas do mercado e não trouxeram grandes novidades.

O BC baixou a Selic… Em 0,5 ponto, para 12,25% ao ano e sinalizou cortes de mesmo tamanho "nas próximas reuniões" –ou seja, novas reduções de 0,5 ponto pelo menos nos encontros de dezembro e janeiro.

  • …E falou das metas fiscais: os diretores voltaram a ressaltar a importância de perseguir os alvos estabelecidos para que as expectativas de inflação caminhem em direção aos objetivos.

O Fed manteve a taxa parada… No intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano e não surpreendeu o mercado no comunicado. No encontro anterior, a projeção do comitê por uma nova alta de juros neste ano pegou analistas de surpresa e fez os juros dispararem.

  • …E animou os mercados: os investidores interpretaram o tom do Fed, que nem cravou nem descartou uma alta de juros em dezembro, como notícia positiva.

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