Descrição de chapéu greve

Sindicato muda e diz que greve será votada por trabalhadores dos Correios em SP, RJ e MA

Assembleias devem definir se ocorrerá paralisação a partir desta quinta-feira (23), véspera da Black Friday

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Alberto Alerigi Jr.
São Paulo | Reuters

Os sindicatos dos Correios das cidades de São Paulo e Bauru (SP) e dos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, representados pela Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios), devem votar nesta quarta-feira (22) e quinta-feira (23) a proposta de greve por tempo indeterminado.

Caso seja aprovada, a paralisação começaria na quinta-feira, véspera da Black Friday. O sindicato dos Correios em Tocantins já aprovou a paralisação, afirmou a Findect. Mais cedo, a entidade havia afirmado que os trabalhadores dos outros locais já haviam decidido pela greve, o que ainda não ocorreu.

A greve seria uma resposta ao que a federação chamou de recusa dos Correios em resolver questões relacionadas à assinatura de acordo coletivo.

Carteiros organizam pacotes no Centro de Entrega de Encomendas dos Correios, em São Paulo
Carteiros organizam pacotes no Centro de Entrega de Encomendas dos Correios, em São Paulo - Keiny Andrade - 05.abr.2023 / Folhapress

A votação ocorrerá após os Correios divulgarem que devem oferecer descontos de até 30% para envio de encomendas durante a Black Friday, uma das datas mais movimentadas no varejo nos últimos anos.

A Findect afirmou que a paralisação envolve "40% do efetivo nacional da empresa e 60% do fluxo postal do país". Atualmente há 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios no Brasil.

Os Correios afirmaram que estão operando normalmente em todo o país, com "100% dos empregados presentes".

"A empresa já preparou uma série de medidas para garantir a normalidade dos serviços caso as assembleias desses cinco sindicatos aprovem paralisação parcial e pontual, entre elas: contratação de mão de obra terceirizada, realização de horas extras, deslocamento de empregados entre as unidades e apoio de pessoal administrativo", afirmou a estatal em comunicado.

"Um ponto crucial é a não incorporação de R$ 250 ao salário-base, uma afronta direta aos trabalhadores que contradiz o que foi negociado na mesa de negociação coletiva", afirmou a entidade em comunicado à imprensa.

"A proposta de pagamento desse montante em 'passos' não apresenta benefícios concretos e coloca em risco a estabilidade financeira da categoria", acrescentou a Findect, citando ainda a não realização concurso público pelos Correios.

Segundo os Correios, a empresa concedeu aumento linear de R$ 250 "para a maior parte do efetivo", o que equivale a um reajuste médio de 6,36% para mais de 71 mil funcionários a partir de janeiro de 2024.

A companhia citou ainda que em 2023, pela primeira vez após sete anos, os Correios assinaram acordo coletivo de trabalho, "que recuperou mais de 40 cláusulas que haviam sido extintas pelo governo anterior".

A entidade sindical também afirma que a iminente tributação sobre uma bonificação combinada em janeiro entre empresa e sindicatos, de R$ 1.500, "representa um sério risco de redução substancial desses valores, agravando os prejuízos para os trabalhadores".

Erramos: o texto foi alterado

O sindicato havia informado incorretamente que os trabalhadores dos Correios nas cidades de São Paulo e Bauru (SP) e nos estados do Rio de Janeiro e Maranhão haviam decidido pela greve a partir desta quinta-feira (23). A greve ainda será votada em assembleias nesta quarta (22). 
 

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