Descrição de chapéu juros Selic inflação

Alckmin destaca desafio fiscal para manter queda de juros

Em evento da indústria química, vice-presidente defendeu menos exceções na Reforma Tributária

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São Paulo

Presidente da República em exercício, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta segunda-feira (4) que o governo federal tem o desafio de manter o rigor fiscal para que a taxa de juros continue caindo no país.

"A questão fiscal deve melhorar com a Reforma Tributária", disse Alckmin em evento da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), em São Paulo. "Quanto menos exceções e mais rápida a transição, mais eficiência ela traz no seu resultado", acrescentou.

Vice-presidente deve analisar recomendações de entidades do terceiro setor para ampliação de oportunidades de empreendededorismo socioambiental - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual em cada uma de suas últimas três reuniões, levando o juro básico da economia de 13,75% para 12,25%.

O vice-presidente também citou a queda da inflação. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro ficou abaixo de 5% no acumulado de 12 meses. A alta desacelerou a 4,82%, após variação de 5,19% até setembro.

De acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda, o mercado subiu a expectativa do IPCA deste ano para 4,54%, alta de 0,01 ponto percentual em relação à semana anterior. A previsão inverte a tendência de três semanas de expectativas de queda do índice. A meta de inflação em 2023 é de 4,75% até dezembro.

Na semana passada, o IPCA-15 acelerou para 0,33% em novembro, um aumento acima das expectativas do mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam aumento de 0,29% no mês. O preço dos alimentos e da passagem aérea impulsionaram a alta.

Ainda no evento desta segunda, Alckmin comemorou o aumento de investimentos estrangeiros no Brasil e disse que o atual câmbio (US$ 1 dólar para R$ 4,90) é competitivo.

Ele também afirmou que o Brasil é protagonista da transição energética, mas não citou a possível entrada do Brasil na Opep+, grupo composto pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e produtores aliados.

"A pergunta sempre foi 'onde é que eu produzo bem e barato', e pergunta de hoje é 'onde é que eu faço bem, barato e compenso as emissões de gases de efeito estufa'. O Brasil é a grande oportunidade de investimentos", afirmou.

Alckmin não conversou com jornalistas após o discurso.

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