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Magazine Luiza estreia o Magalu Cloud para reduzir custos de empresas

Serviço tem como foco ampliar a digitalização de companhias de todos os portes, diz empresa

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São Paulo

O Magazine Luiza estreou nesta terça-feira (12), em sua sede na cidade de São Paulo, a Magalu Cloud, nuvem desenvolvida pela empresa que promete baratear os custos desse serviço a todos os tipos de negócios do país.

O foco da Magalu Cloud é ajudar as empresas brasileiras a se digitalizar, oferecendo preços mais acessíveis, já que as opções disponíveis hoje no mercado têm seus valores indexados ao dólar.

Presidente do conselho de administração do Magalu, Luiza Trajano, no lançamento do serviço de nuvem da companhia, o Magalu Cloud
Presidente do conselho de administração do Magalu, Luiza Trajano, no lançamento do serviço de nuvem da companhia, o Magalu Cloud - Olavo Martins/Divulgação

Segundo o diretor da Magalu Cloud, Christian Reis, a tecnologia oferecerá redução de 30% a 75% dos custos que as empresas no Brasil têm hoje com o serviço de nuvem. O próprio Magazine Luiza conseguiu diminuir em 35% seus custos com o serviço após a migração para o Magalu Cloud.

A nuvem do Magalu fornecerá serviços de infraestrutura computacional essenciais e vai operar por meios data centers, ou centro de processamento de dados, próprios em duas regiões: uma delas na Grande São Paulo desde 2021 e a outra na região de Fortaleza, no Ceará, lançada em 2022.

A companhia ressalta que todos os recursos provisionados e gerenciados pela Magalu Cloud são hospedados integralmente em infraestrutura física que está sob seu próprio controle, desde data centers a máquinas físicas e equipamentos de rede.

Uma nuvem é composta por uma rede de servidores remotos, responsáveis pelo armazenamento e gerenciamento de dados, além de permitir a execução de aplicativos, dentre outras funções.

Durante evento que reuniu cerca de 400 pessoas nesta terça, diretores da companhia defenderam que o lançamento coloca a varejista em uma nova fase tecnológica, ressaltando que o Magazine Luiza deixou há muito tempo de ser apenas uma varejista para ser uma empresa de tecnologia.

O diretor-presidente do Magalu, Frederico Trajano, disse que a nuvem do Magalu, que vem sendo desenvolvida desde 2020, é fruto do empoderamento que a empresa deu ao time de desenvolvedores da companhia. "Percebemos que quem ia mandar na empresa eram os desenvolvedores, não era nem a Luiza Trajano", brincou o CEO da companhia.

Trajano também comentou a importância desse tipo de investimento para o país.

"A gente, no Brasil, já lutou para ser autossuficiente em petróleo, a gente já é uma referência em aviação mundial. A gente já é uma referência em exportação de commodities, a gente ocupa uma posição estratégica no mundo conectado. Por que não fazer o mesmo com tecnologia? Por que o Brasil tem que ser um país só do agro?", disse

"Tem que ajudar o agro a diversificar, para não dependermos só dessa força e potência da economia brasileira. Por que não ter autossuficiência de dados? Por que não investir na própria tecnologia? Por que não prestigiar uma empresa que está investindo na tecnologia? Criticar em vez de ir lá ajudar e construir junto? Por que não favorecer?", emendou.

A declaração fez referências às críticas e aos questionamentos feitos à iniciativa do Magalu de criar seu serviço de nuvem, novidade que foi adiantada pela presidente do conselho de administração da empresa, Luiza Trajano, durante evento no fim de novembro e antecipada pela Folha.

Hoje, 30% da operação digital do Magalu está em sua nuvem própria, que foi responsável pela infraestrutura de vários sistemas essenciais para o negócio, como a ferramenta de busca do ecommerce e os pontos de vendas de lojas físicas, segundo a companhia.

Luiza Trajano, ressaltou, no evento, a veia de inovação da companhia. "Nós somos uma das poucas empresas no mundo que nasceu física e conseguiu se digitalizar", disse.

Também no evento, Marina Mansur, sócia da McKinsey, mostrou estimativas de economia que a integração de serviços de nuvem pode trazer ao Brasil e ao mundo.

A executiva disse que o segmento engloba três verticais: infraestrutura, que é basicamente serviço de máquinas virtuais para consumo em escala; plataforma, que permite que os usuários criem, executem e gerenciem aplicações sem precisar ter uma infraestrutura própria por trás; e software, que é o consumo das aplicações finais.

Segundo Mansur, a interligação dessas três frentes tem potencial de gerar uma economia de quase R$ 5 trilhões até 2025 no mundo inteiro. Somente no Brasil, esse montante deve chegar a R$ 90 bilhões.

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