Descrição de chapéu Startups & Fintechs

Série sobre independência financeira, fintech de 'minibancos' capta R$ 7,4 mi e o que importa no mercado

Leia edição da newsletter FolhaMercado desta segunda-feira (18)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta segunda-feira (18). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:

Como ter independência financeira

Para atingir a independência financeira, ou seja, chegar a um patamar em que a renda gerada por seu patrimônio seja suficiente para bancar seu padrão de consumo, é essencial ter duas coisas: tempo e disciplina.

↳ Quanto antes começar, mais fácil fica. Mesmo que o valor poupado seja baixo, o acúmulo de tempo vai fazer a diferença lá na frente, já que os juros sobre juros irão ajudar a impulsionar seu patrimônio com o passar dos anos.

↳ Controle sobre os gastos. Quanto maior for seu orçamento mensal, maior será o desafio para chegar à independência financeira. Uma dica importante é não elevar muito seu padrão de vida quando receber um aumento no emprego ou enquanto seu patrimônio for crescendo.

Na ponta do lápis: para calcular qual o patrimônio necessário para viver do rendimento desses recursos, é preciso dividir o custo anual do indivíduo ou da família pela rentabilidade dos investimentos, explica a professora da ESPM Paula Sauer. Exemplo:

  • Custo anual: R$ 100 mil;
  • Rentabilidade anual média: 5%
  • Patrimônio necessário: R$ 2 milhões

Equilíbrio: viver apenas dos seus rendimentos pode ser um marco importante, mas os especialistas recomendam cautela para que isso não suba à cabeça.

  • Ou seja, não postergar todos seus sonhos apenas para poupar recursos, mas também ter cuidado para não abrir mão da preocupação com o futuro.

Como investir para alcançar a independência financeira

Antes de tudo, defina seu perfil de risco. Se você perde o sono ao perceber uma variação diária negativa em seus investimentos, é melhor ficar distante de ativos de renda variável.

  • Mas se o seu estômago aguenta o sobe e desce dos ativos, vale se expor a esses papéis –mas não apenas a eles.

O próximo passo é montar a reserva de emergência. Ela não deve ser considerada como um investimento, mas sim como um caixa que será resgatado em situações de estresse, como a perda de emprego ou uma doença, por exemplo.

  • Por isso, mire em ativos seguros e de liquidez diária, como títulos públicos pós-fixados, fundos DI e CDBs de grandes bancos.

A conta sobre o quanto deve ser poupado também depende da estabilidade do emprego e do nível de consumo de cada um, mas é recomendável que seja superior a pelo menos seis meses da soma dos gastos mensais. Em alguns casos, pode chegar a três anos.

Vencida esta etapa, é hora de olhar para seu perfil de risco:

Se for mais conservador, há na renda fixa opções que pagam um rendimento real, ou seja, já descontada a inflação do período. Entre elas, estão os títulos do governo, como Tesouro IPCA e o Tesouro Renda+, e os das empresas, como as debêntures –que devem ser analisadas com mais cuidado por envolver o risco das companhias.

↳ Se for mais arrojado, fundos multimercado ou papéis como ações, ETFs (fundos de índice) e FIIs (fundos imobiliários) podem compor parte de sua carteira. Esses ativos devem ser olhados com um objetivo de prazo mais longo, como a partir de dez anos, para fugir da dor de cabeça da variação de curto prazo.

Quer saber mais?


Startup da Semana: Bankme

O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que anunciou uma captação recentemente.

A startup: fundada em 2020, a fintech opera a infraestrutura para "minibancos", modalidade em que uma empresa oferta crédito para seus clientes e fornecedores.

Em números: a Bankme adiantou para a FolhaMercado ter levantado R$ 7,4 milhões para sua operação.

  • O aporte se soma aos R$ 5,5 milhões que a startup já havia recebido no ano passado em uma rodada seed (semente, entenda aqui as etapas de investimento em startups).

Quem investiu: o fundo Domo.VC, que já havia se tornado investidor da startup na rodada anterior.

Que problema resolve: a ideia da fintech é ajudar a ampliar a oferta de crédito para os pequenos negócios para além das opções que existem nos bancos.

  • Para isso, ela estrutura minibancos –que hoje somam 70– em que o papel das empresas é captar clientes em busca de empréstimos. A Bankme entra no negócio com análise de crédito, contratos, emissão de boletos e outros serviços.
  • Com o aporte recebido, a fintech vai ampliar o financiamento aos minibancos, aumentando em até quatro vezes o capital sob gestão de cada operação.

Por que é destaque: a startup afirma ter triplicado seu faturamento neste ano, período marcado pelos juros em patamares elevados.


Aprovação histórica

Após mais de 35 anos de discussões, o texto final da reforma tributária foi aprovado na última sexta (15), depois de votação na Câmara, e vai à promulgação.

  • Entenda aqui a reforma em poucos gráficos.

E agora? Após a promulgação do texto pelo Congresso, o governo tem até 180 dias para enviar os projetos de lei complementar que regulamentarão a reforma.

Nessa fase, estão definições como a alíquota-padrão do IVA –que deve ficar em torno de 27,5%, segundo o governo– e o que ficará de fora do alcance do imposto (que alimentos estarão na cesta básica isenta, por exemplo), entre outros.

As exceções podem elevar a alíquota final para quase 30%, mas ainda é possível evitar que o Brasil tenha o maior IVA do mundo, analisa o repórter da Folha Eduardo Cucolo.

Mudanças de última hora: o texto recebeu ajustes nos momentos finais antes e durante a votação. Um dos casos é a derrubada da cobrança obrigatória de Imposto Seletivo sobre armas.

↳ O relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), excluiu cinco atividades dos regimes específicos de tributação, que ficarão fora do novo IVA. Entre eles, estão saneamento, concessão de rodovias e serviços de transporte aéreo;

↳ Também descartou a cesta básica estendida. Será mantida apenas uma lista mais restrita de itens que terá desconto de 100% da alíquota do novo IVA;

↳ Manteve a alíquota de 70% da padrão para profissionais liberais como advogados, engenheiros e outras profissões regulamentadas;

↳ Retirou a cobrança da Cide (Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico) sobre bens com produção similar na Zona Franca de Manaus. Foi garantida a manutenção do atual IPI para proteger a indústria da região.

O esqueleto da reforma: fusão de PIS, Cofins e IPI (tributos federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal) em um IVA dual.

  • Uma parte dele será administrada pelo governo, com a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), e a outra, por estados e municípios pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
  • Também será criado um Imposto Seletivo, aplicado a itens que prejudicam a saúde ou a natureza.

A implementação efetiva do novo sistema tributário começará em 2026 e será concluída no início de 2033.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.