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Tire dúvidas sobre o aplicativo do governo que promete bloquear celular roubado

App Celular Seguro foi lançado pelo Ministério da Justiça nesta terça (19); cidadão vai informar pessoa de confiança para bloquear aparelho

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São Paulo

O governo federal lançou, nesta terça-feira (19), o aplicativo Celular Seguro, que bloqueia celulares roubados ou furtados, impedindo golpes como o do limpa tudo, que levam todo o dinheiro da vítima.

O app foi desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), além de outros parceiros, e promete ação de proteção ao cidadão com expectativa de queda nos crimes de furto e roubo de celulares.

É possível baixar o Celular Seguro nas lojas oficiais da Apple, a App Store, e do Google, a Play Store, em smartphones Android a partir desta quarta (20). Nesta terça, é possível fazer o cadastro no site celularseguro.mj.gov.br.

Imagem do app celular seguro, do governo federal
Aplicativo Celular Seguro, do governo federal, vai bloquear celulares roubados após comunicação do crime pelo app - Reprodução

Para se cadastrar, o cidadão deve ter conta no Portal Gov.br (veja aqui como criar uma conta). No cadastro, o usuário informa contatos de pessoas que poderão bloquear o celular para ele caso seja vítima de roubo ou furto.

Entenda como vai funcionar a nova tecnologia

1 - Como vai funcionar o bloqueio do celular pelo app?

Segundo o Ministério da Justiça, o cidadão que for vítima de roubo ou furto deverá emitir um aviso de bloqueio por meio de um outro aparelho, que não foi roubado, ou pelo computador, no sitecelularseguro.mj.gov.br. Ele também poderá avisar a sua pessoa de confiança informada no site e ela faz o bloqueio.

Esse aviso será direcionado ao Ministério da Justiça, que irá enviar a comunicação a parceiros como bancos, Anatel e outras empresas para que bloqueiem o celular da vítima, seus aplicativos e senha, protegendo o cidadão de outros crimes financeiros.

2 - É preciso ter o app no celular das duas pessoas: o cidadão que foi vítima e a pessoa de confiança?

Segundo da Febraban, que ajudou a desenvolver a tecnologia, todos terão que ter o app instalado para que possa ser feita a comunicação do bloqueio às redes bancárias e demais órgãos. O Ministério da Justiça explica ainda que o bloqueio pode ser feito pelo celular da pessoa de confiança ou no site celularseguro.mj.gov.br.

3 - Em quanto tempo o celular será bloqueado?

O tempo de bloqueio do celular será de até dez minutos após a comunicação. Questionado se não seria um período muito longo, o Ministério da Justiça diz que esse prazo foi definido pelos parceiros. "A partir do início do funcionamento da ferramenta, cada parceiro poderá avaliar as possibilidades e, eventualmente, fazer adequações nas ações executadas", diz nota da pasta.

O ministério diz ainda que será apenas o responsável por comunicar o crime aos demais órgãos parceiros, que deverão bloquear informações necessárias para barrar a ação dos ladrões. Neste caso, o tempo de resposta de cada um pode variar.

4 - Quando eu bloqueio a conta bancária cujo aplicativo do banco estava no meu celular, bloqueio todos os meus cartões?

Sim, segundo a Febraban, todos os serviços financeiros que constarem no aplicativo instalado no celular roubado serão bloqueados. O Ministério da Justiça acrescenta que a regra deve variar de parceiro a parceiro. Alguns podem bloquear apenas o aplicativo, mantendo demais funções não coligadas a ele, outros vão bloquear a senha.

"Cada ação antifraude é determinada pelo parceiro que a executa. Abaixo, vou colocar a lista dos parceiros e ações que cada um se propõe a fazer", informa a pasta.

5 - Ao bloquear o meu app de banco que está no meu celular, bloquearei o mesmo app em outros celulares, caso eu tenha mais de um?

O Ministério da Justiça diz que o bloqueio é para o aplicativo e, com isso, serve para toda a estrutura. No caso específico dos bancos, a Febraban explica que o bloqueio será para o app instalado no celular roubado.

6 - É possível bloquear também todas as redes sociais só usando o app do governo?

Por enquanto, nenhuma rede social é parceira do projeto. Com isso, não é possível bloquear apps como Facebook, Instagram, X, ex-Twitter, e WhatsApp, entre outros do celular roubado, mesmo com o aviso feito pela pessoa de confiança. Mas, se as redes sociais virarem parceiras, segundo o ministério, não há problemas para o bloqueio.

7 - O bloqueio do celular só pode ser feito por roubo ou furto?

Não, também é possível bloquear o aparelho caso haja perda, segundo o Ministério da Justiça.

8 - Como incluo a pessoa de confiança?

É possível incluir mais de uma pessoa de confiança por meio do aplicativo ou site. Primeiro, o cidadão deve logar com a senha do Portal Gov.br. Depois, é preciso aceitar os termos de uso. Em seguida, será possível adicionar as pessoas de confiança. Para isso, o dono do celular precisará de nome completo, CPF, telefone e email do contato.

A pessoa de confiança receberá uma notificação e passará a visualizar o celular cadastrado no próprio aplicativo. É pelo ícone do smartphone registrado que essa pessoa terá acesso ao botão de emergência.

9 - Como fazer o bloqueio?

O bloqueio pode ser feito pelo computado, no site celularseguro.mj.gov.br. O primeiro passo é escolher o smartphone a ser bloqueado: se é o próprio celular ou um dos aparelhos indicados pela pessoa de confiança. É preciso clicar na opção "Alerta", indicada por um triângulo amarelo.

Por fim, será necessário informar se foi perda, roubo ou furto, a data e o local da ocorrência. Após o registro, o aplicativo entrega um número de protocolo, que deve ser anotado para uso em atendimentos posteriores no Ministério da Justiça, Anatel, operadoras ou bancos.

10 - Quais bancos participam do bloqueio?

Participam os bancos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Inter, Sicredi (Sistema de Crédito Cooperativo), Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) e Nubank, o aplicativo de entregas iFood e o Mercado Livre.

A Anatel também bloqueará o aparelho e o chip em até 24 horas. O Ministério da Justiça diz que haverá um mecanismo para Anatel e bancos reverterem alertas falsos, a partir do número de protocolo.

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