Milei diz querer aprofundar parceria comercial com Brasil em relação 'adulta'

Presidente argentino defendeu fim de qualquer tipo de regulamentação e criticou 'ameaça coletivista' em Davos

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Davos (Suíça)

O presidente da Argentina, Javier Milei, disse nesta quarta-feira (17) que pretende ampliar a parceria comercial com o Brasil.

"Continuaremos a manter uma relação adulta", respondeu Milei a jornalistas brasileiros em Davos ao ser indagado sobre como estavam as relações com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente brasileiro não compareceu, em dezembro, à posse do ultraliberal, que já lhe dirigiu diversas críticas.

Questionado sobre o que seria uma "relação adulta", Milei resumiu: "trabalharmos juntos por nossa entrada na OCDE [organização que reúne países ricos] e ampliarmos a parceria comercial".

O presidente da Argentina, Javier Milei, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça - Denis Balibouse - 17.jan.24/Reuters

Milei discursou no encontro anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, em defesa do libertarianismo e da redução radical do papel do Estado. Também criticou o que vê como uma adoção do "coletivismo" por líderes mundiais que colocaria o "Ocidente em perigo".

Autoridades argentinas afirmam que Milei pretende continuar trabalhando com o Mercosul para reavivá-lo —ele dissera em campanha que o bloco não lhe interessava— com vistas a fechar o acordo com a União Europeia, cujas negociações estão paradas.

Também classificam como "bobagem" a ideia de que poderia haver uma ruptura entre Buenos Aires e Brasília, e, da mesma forma, rechaçaram a hipótese de se afastarem da China e do Chile, que também tem governo de esquerda.

As autoridades, contudo, confirmam o desinteresse nos Brics, que descrevem como organização política e não econômica, afirmando que não há razão para privilegiar determinados países em detrimento dos outros.

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