A nova empresa gerada pela fusão de Arezzo e Soma, cerco a SUVs em Paris e o que importa no mercado

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São Paulo

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Arezzo e Soma –do Copacabana Palace à fusão

Mais de 2.000 lojas (559 próprias), 34 marcas, presença em 22 mil pontos multimarcas e 22 mil funcionários.

Esses são números resultantes da fusão entre Arezzo e Grupo Soma (dono de Farm, Animale e Hering), fechada no domingo.

As conversas para a união começaram em 2021, no hotel Copacabana Palace, depois que o Soma superou a Arezzo na disputa pela Hering, disseram os executivos Alexandre Birman (Arezzo) e Roberto Jatahy (Soma) em entrevista nesta segunda.

Sim, mas… As ações das duas companhias caíram no pregão do dia, após terem disparado na semana passada, com a notícia da fusão.

Os investidores ficaram à espera de uma confirmação acerca de quanto a nova companhia poderia gerar em sinergias –se falava em algo em torno de R$ 4,5 bilhões.

Os executivos, porém, se limitaram a dizer que contrataram a consultoria Bain & Company para estudar o potencial de sinergias, cujo valor estimado não foi revelado.

A nova empresa que deve ganhar um nome até junho será a maior companhia de moda da América Latina em número de marcas.

  • Serão oito fábricas (quatro de calçados e quatro de vestuário) e sete centros de distribuição;
  • A empresa combinada teve em 2023 um faturamento projetado de R$ 12 bilhões, lucro líquido de R$ 753 milhões, Ebitda (indicador de geração de caixa) de R$ 1,53 bilhão e dívida líquida de R$ 1,3 bilhão;
  • O valor de mercado somado das duas é de R$ 13 bilhões, e o patrimônio líquido, R$ 10,5 bilhões.

O conselho será formado por sete membros: cada uma das empresas vai indicar três nomes, um deles independente. O presidente do colegiado será escolhido em comum acordo por Soma e Arezzo.

  • Um dos nomes confirmados é o de Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, que fez a assessoria financeira das empresas na operação.

As apostas da Xeque Mate para o Carnaval

Uma das bebidas queridinhas do Carnaval, principalmente entre o público mais jovem, a mineira Xeque Mate projeta venda de 5 milhões de latas na data deste ano.

  • Criada em 2015 por dois universitários, a bebida leva na receita mate, rum, limão e guaraná.
  • Ela foi idealizada para ser vendida em lata, na rua, por ambulantes –por isso a identificação tão grande com o Carnaval.

Em números:

  • 730% é a alta calculada para a produção deste ano.
  • R$ 20 milhões é a estimativa de faturamento para o Carnaval, o que representa 10% do projetado para o ano todo –R$ 200 milhões.
  • 70% das vendas estão concentradas em Belo Horizonte, 20% em São Paulo e uma parcela menor (3,3%) no Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis.

A estratégia para o Carnaval: a grande aposta da Xeque Mate para o ano passa pelos vendedores ambulantes. Neste ano, 20 mil latas estarão à venda nas ruas de São Paulo, 5.000 a mais do que no ano passado.

↳ Os vendedores receberão bandeiras, sombrinhas e abadás. A distribuição dos kits será feita pela empresa na capital mineira e em Recife, enquanto em São Paulo parceiros farão esse trabalho.

↳ Outra iniciativa será custear três blocos de Carnaval —dois em Belo Horizonte e um em São Paulo— com R$ 15 mil para cada e estoque da bebida para distribuir aos foliões.


Dona do Ozempic compra fábrica para acelerar produção

O mercado de medicamentos para perda de peso está bombando. Um sinal disso é o anúncio de que a dona da Novo Nordisk, fabricante de Ozempic e Wegovy, fechou a compra de uma fabricante farmacêutica por US$ 16,5 bilhões (R$ 88 bilhões).

A dinamarquesa Novo Holdings irá repassar à sua controlada Novo Nordisk três unidades de produção da americana Catalent para tentar dar conta da demanda global pelos medicamentos para perda de peso.

O acordo para a cessão dessas unidades ficou em US$ 11 bilhões (R$ 58,7 bilhões).



Em números:

  • 31% foi a alta na receita da Novo Nordisk em 2023, quando teve faturamento de 232,3 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 33,4 bilhões, R$ 166 bilhões) –o avanço só não foi maior por causa dos gargalos de produção no fim do ano.
  • US$ 528 bilhões (R$ 2,6 trilhões) é o valor de mercado da empresa dinamarquesa, que superou a LMVH (dona da Louis Vitton) como a companhia mais valiosa da Europa.

Cerco aos SUVs

Com 54,55% dos votos, os parisienses concordaram em um referendo com a medida de triplicar as tarifas de estacionamento dos veículos utilitários esportivos (SUVs), considerados mais poluentes.

  • De 1,3 milhão de convocados, pouco mais de 78 mil pessoas, ou 5,7%, foram aos locais de votação.

Entenda: o projeto municipal prevê que cidadãos não parisienses terão que pagar 18 euros (R$ 96,17) por hora para estacionar seus SUVs nos distritos centrais de Paris, e 12 euros (R$ 64,11) nos distritos exteriores.

A regra vale para veículos que ultrapassarem 1,6 toneladas –tanto os a combustão quanto os elétricos híbridos plug-in .

O projeto é defendido pela prefeita Anne Hidalgo, do Partido Socialista, que disse que a medida é "boa para a saúde e o planeta".

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