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A 1ª vez da Meta
A Meta, dona de Facebook, WhatsApp e Instagram, divulgou nesta quinta seu balanço do último trimestre do ano passado, quando superou todas as expectativas dos analistas e registrou a maior alta em sua receita anual em dois anos.
A companhia também aproveitou para anunciar sua primeira distribuição de dividendos da história e um pacote de recompras de ações no valor de US$ 50 bilhões (R$ 247 bilhões).
- As duas formas são consideradas maneiras de gerar retorno aos acionistas.
Em reação, as ações da empresa dispararam 14% nas negociações pós-mercado. Caso a alta seja confirmada no pregão de hoje (2), os papéis chegarão a sua máxima histórica.
O anúncio positivo para a companhia veio no dia seguinte ao pedido de desculpas de Mark Zuckerberg, fundador e CEO da empresa, a famílias de vítimas de bullying por posts nas redes.
O que explica o bom resultado: a alta de 25% nas receitas em relação ao mesmo período do ano passado é atribuída ao uso da IA em anúncios.
↳ Para analistas, a Meta conseguiu usar a ferramenta para melhorar o direcionamento das propagandas, recuperando uma vantagem que ela havia perdido com as novas políticas de privacidade da Apple.
Por que ela não pagava dividendos? Não só a Meta, mas a maioria das big techs prefere usar os bilhões de lucro para reinvestir na própria companhia e no desenvolvimento de novas ferramentas.
Outros balanços desta quinta:
↳ A Amazon também registrou um trimestre positivo, impulsionado pelas vendas nos feriados de fim de ano. Com receita e lucro acima das expectativas de Wall Street, suas ações subiram 7% no pós mercado.
↳ A Apple foi outra que viu seu faturamento crescer e interrompeu uma sequência de quatro trimestres de queda negativa nas receitas na comparação anual.
- A queda de 13% das vendas na China, porém, preocupa (entenda aqui por quê). Os papéis recuaram 3% no pós-mercado.
Volks programa R$ 16 bi para Brasil
O plano de investimento da Volkswagen no Brasil passa pela eficiência energética. Para isso, a montadora afirma que irá ampliar em R$ 9 bilhões o aporte para o programa, que irá totalizar R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028.
Como a Volks planeja ser mais verde por aqui:
↳ Produzir os primeiros carros híbridos da marca no país, além de uma picape que irá concorrer com Fiat Toro, RAM Rampage e Ford Maverick;
↳ Reduzir emissões nos carros e nas fábricas. Uma medida será o uso de biometano, um gás renovável para a pintura das carrocerias.
- A empresa afirma que ele reduz 90% das emissões de CO2 na comparação com o gás de origem fóssil.
Sim, mas… Como a montadora não divide os valores investidos por fábricas ou modelos, os futuros lançamentos incluem também carros flex sem eletrificação e até opções a diesel, como é o caso da picape média Amarok, que é produzida na Argentina.
Sobre os carros 100% elétricos, a alemã deve começar a fabricá-los por aqui só no fim da década. Até lá, vai importar modelos que não usam motor a combustão e iniciar as vendas regulares no país.
Além da Volkswagen, GM (R$ 7 bilhões) e BYD (R$ 3 bilhões) detalharam recentemente seus programas de investimentos para o país.
Para ler
- "O Mesmo de Sempre - Um Guia para o que Não Muda Nunca" (Morgan Housel, trad. Cássio de Arantes Leite, Objetiva, 232 págs., R$ 53,91, R$ 29,90 ebook).
O autor do best-seller "A Psicologia Financeira" lança agora uma continuação para falar sobre a eficácia de olhar para o "que não muda nunca".
Por meio de diversas anedotas, que envolvem histórias sobre Martin Luther King e Bill Gates e evocam reflexões pessoais, Housel explica conceitos-chave da economia comportamental e espera melhorar a capacidade de tomada de decisões dos leitores.
A ideia é se concentrar no que já aconteceu no passado em vez de tentar prever o futuro –algo que está na mente de muita gente que começa no mundo dos investimentos.
Além da economia
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