China domina suprimentos da energia limpa, Apple desiste de carro elétrico e o que importa no mercado

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São Paulo

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Depois de bilhões de dólares gastos, mudanças em série no projeto e vaivém de executivos, a Apple enfim resolveu derrubar seu projeto de construir um carro elétrico.

O anúncio foi feito nesta terça aos quase 2.000 funcionários que tocavam o projeto, conforme noticia a Bloomberg.

Parte deles será realocada para projetos ligados à IA (inteligência artificial) generativa, que tem recebido prioridade cada vez maior na empresa.

O que explica a decisão da Apple:

↳ Muito dinheiro, pouco retorno:
o chamado Project Titan foi iniciado pela Apple em 2014 com a ideia de ser uma fonte alternativa de receita aos aparelhos e serviços da companhia. Em um momento, a unidade chegou a ter cerca de 5.000 funcionários.

  • Com o passar do tempo, as críticas de acionistas aumentaram, já que a companhia adiava as previsões de lançamento do carro e não dava indícios de evolução do modelo.

Indecisão sobre o projeto: primeiro, a ideia era desenvolver um veículo completamente autônomo, que envolvia inclusive a navegação por voz.

  • Depois, o objetivo passou a ser competir com a Tesla, com um veículo elétrico que teria como diferencial a integração com os dispositivos fabricados pela companhia.

↳ Descrédito da indústria: a pá de cal para o projeto foi a desaceleração do mercado de carros elétricos no mundo.

As ações da companhia passaram a subir após a notícia publicada pela Bloomberg. Elon Musk, CEO da Tesla, comemorou a decisão com uma publicação no X usando um emoji de saudação e um de cigarro.


China domina insumos da energia limpa

Os esforços dos países para reduzir suas emissões de poluentes no contexto da transição energética precisarão passar pela China.

O país domina segmentos como de lítio e energia solar e tem expandido sua capacidade industrial a passos largos.


As vantagens chinesas:

  • Detém 75% da capacidade de produção de baterias de íon-lítio, usadas nos veículos elétricos e para armazenar energia produzida por fontes intermitentes (eólica e solar);

O que explica: o domínio chinês nesses setores passa pelo objetivo local de atingir a neutralidade de carbono em 2060. Hoje, a principal fonte da matriz energética do gigante asiático ainda é o carvão.

  • O país é responsável pela emissão de quase um terço de todos os gases estufa mundiais relacionados à energia —mais que Estados Unidos, Europa e Japão somados.

Sim, mas… A dependência global de insumos e outros suprimentos que vêm de um único país –nesse caso, a China– pode atrapalhar a agenda de transição energética.

  • Um dos efeitos é o encarecimento da energia limpa, já que alguns governos praticam sobretaxa sobre produtos chineses.
  • Outro é a possibilidade de um problema geopolítico ou até logístico –como ocorreu na pandemia– acabar afetando a indústria como um todo.

Por que as passagens estão mais caras?

As mudanças provocadas pela pandemia no setor aéreo podem ter alterado as políticas de preço de passagens praticadas pelas companhias.

  • Antes da crise sanitária, o mercado caminhava para uma tendência de queda de preços de aproximadamente 2,5% a cada cinco anos, afirma Alessandro Oliveira, professor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica);
  • O cenário mudou, e agora a projeção é de aumentos em torno de 23% a cada cinco anos, segundo o estudo;
  • Há também tendência de mais promoções apenas na baixa temporada.

O que explica: o mercado ainda sente a consequência do descasamento entre oferta e demanda de assentos que a aviação enfrenta, além das mudanças no comportamento do consumidor.

  • Além do atraso na entrega de novas aeronaves, há escassez de peças de reposição.

O que dizem as aéreas:

↳ A Gol afirma que o calendário promocional segue ao longo do ano, com foco nas vendas nos fins de semana e madrugadas.

↳ A Latam diz ter feito três promoções em janeiro e fevereiro, com bilhetes a partir de R$ 99 por trecho, e segue com o calendário.

↳ A Azul afirma que as campanhas promocionais variam com fatores como trecho, sazonalidade, antecipação e oferta de assentos.

Mais sobre setor aéreo:

Por que um rato encontrado em um avião impediu uma aeronave de voar por três dias.


Boca Rosa é a influencer mais admirada

A empresária Bianca Andrade, mais conhecida como Boca Rosa, foi citada por agências e anunciantes como a influenciadora mais admirada do país, à frente da cantora Anitta.

A pesquisa da multinacional de marketing Scopen, divulgada pelo Meio & Mensagem, ouviu 101 responsáveis pelo setor de marketing de influência de grandes empresas e 28 agências especializadas entre julho e novembro de 2023.

Quem é Boca Rosa: uma das pioneiras do mercado de influência brasileiro, com vídeos publicados no YouTube desde 2013, ela já era um fenômeno das redes sociais quando participou do BBB, em 2020.

Sua participação no reality não durou muito, mas foi marcada pela estratégia de aliar o que vestia e como se maquiava na casa com campanhas pré-produzidas sobre sua marca de produtos de beleza, que eram postadas nas redes durante o programa.

Microinfluenciadores: é como são chamados aqueles que têm entre 10 mil e 100 mil seguidores. São eles os que têm a preferência dos entrevistados pela Scopen.

  • 93% dizem trabalhar com esse tipo de perfil de influenciador, enquanto 77% atuam com os chamados "fama influencers", com mais de 500 mil seguidores.

As marcas preferidas dos influencers: Amazon, Itaú e a marca de cuidados para pele Sallve são as três mais admiradas pelos criadores de conteúdo, conforme a pesquisa.

Os influenciadores mais admirados pelos anunciantes:

  • 1º Bianca Andrade;
  • 2º Anitta;
  • 3º Matheus Costa.

Veja aqui o resto do top 12.

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