O plano da Cacau Show com o Playcenter, R$ 500 mi do BNDES em fundo do Pátria e o que importa no mercado

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São Paulo

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Cacau quer ser mais 'Show'

A Cacau Show anunciou nesta terça a compra do Grupo Playcenter, complexo de entretenimento e parque de diversões que possui dois modelos de negócio: os Playlands e o Playcenter Family, que estão principalmente em shoppings.

A transação não teve valores divulgados e ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A aposta da Cacau no "Show" : o negócio corrobora o esforço da rede de chocolates finos em ampliar sua atuação no universo do lazer e entretenimento. Ao mesmo tempo, ela utiliza os espaços para reforçar as marcas pelas quais é mais conhecida.

  • Há ainda um parque de diversões na mega store de 3.000 metros quadrados da sua fábrica, em Itapevi (na região metropolitana da capital).

O Playcenter vai voltar? É um desejo, mas não para o futuro próximo, disse o dono da Cacau Show. O parque ocupou um espaço de 85 mil metros quadrados na marginal Tietê, em São Paulo, até ser fechado em 2012.

Enquanto isso, a rede quer unir a diversão e o chocolate nas lojas atuais do Grupo Playcenter, por meio de novos produtos e identidades visuais nas atrações.

Com faturamento de mais de R$ 100 milhões, o Grupo Playcenter ainda era controlado pelo seu fundador Marcelo Gutglas, 82.


Voa Brasil será só um agregador

O programa idealizado pelo governo para que brasileiros voem por até R$ 200 funcionará apenas como um agregador de passagens que já são vendidas a esse preço.

Entenda: como não haverá subsídios federais, o governo não terá como garantir que as aéreas oferecerão bilhetes mais baratos no Voa Brasil.

  • Em 2023, 14,9% das passagens comercializadas custaram até R$ 200, conforme dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

O governo ainda negocia com as aéreas pelo menos uma meta de 4 a 5 milhões de passagens por até R$ 200 no programa.



Como deve funcionar: a plataforma seria uma agregadora do estoque de passagens aéreas disponíveis a menos de R$ 200.

  • O usuário, então, poderia verificar se há alguma opção que lhe atenda e efetuar a compra.
  • A ideia é estipular um limite de duas passagens por pessoa.

Quem poderá participar: aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que ganham até dois salários mínimos (o equivalente a R$ 2.824) e estudantes do ProUni.


R$ 500 mi do BNDES em fundo do Pátria

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) irá aportar R$ 500 milhões em um fundo de infraestrutura gerido pelo Pátria Investimentos, que tem R$ 140 bilhões em ativos sob gestão.

↳ Outros R$ 500 milhões serão investidos pelo Banco Mundial, pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e por outros investidores institucionais.

↳ A expectativa do Pátria é captar até R$ 5 bilhões no longo prazo, com prioridade para investidores institucionais.

Os alvos: projetos ligados à transição energética, saneamento, logística e transporte, mobilidade urbana e telecomunicações.

  • A ideia é financiar pequenos e médios projetos de infraestrutura, inclusive aqueles executados do zero.
  • Cada um receberá inicialmente entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.
  • O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, entenda aqui) irá adotar como garantias os ativos dos projetos e os fluxos de caixa esperados para o futuro.

Por que o BNDES entrou como investidor? Porque o fundo irá destinar recursos a setores alvo do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), afirmou Natália Dias, diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do banco de fomento.

  • Por serem projetos de menor tamanho e em estágios iniciais, o BNDES não pode atuar diretamente em seu financiamento. É por isso que alocará os recursos via fundo gerido pelo Pátria.

Procon quer saber por que McFish 'sumiu'

O Procon-SP notificou o McDonald’s pelo fim antecipado do estoque do sanduíche McFish.

Entenda: a campanha previa que as vendas do lanche durariam até o último domingo (18), mas o lanche esgotou em algumas unidades três dias após seu relançamento, em 6 de fevereiro.

  • Mesmo quem comprou o sanduíche na pré-venda enfrentou dificuldades para resgatar o produto até o domingo.

O Procon-SP quer que a rede explique como lidou com clientes que não conseguiram retirar o lanche, mesmo após a compra antecipada. Também pediu informações sobre quantidade produzida e entregue do sanduíche e o que levou ao fim dos estoques.

A rede de fast-food afirmou, em nota, que esclarecerá os pontos solicitados.

O que explica o sucesso do McFish? O "marketing de escassez". Ele acontece quando a oferta limitada de um produto ou serviço gera desejo e senso de urgência nos consumidores.

  • Para advogados consultados pela Folha, a falta do produto ofertado fere o Código de Defesa do Consumidor.
  • O McDonald’s afirmou que a venda geral foi maior do que a antecipada, "o que resultou no esgotamento de estoques em restaurantes em todo o país, principalmente em São Paulo".

Por que deixou o cardápio? O Mc avaliou em 2019 que o esforço para produzi-lo não valia a pena, dada a baixa quantidade vendida.

O peixe usado no preparo vinha de navio do Alasca, e cada hambúrguer era frito na hora. Além disso, na receita original, ainda se usava apenas meia fatia de queijo, o que podia gerar desperdício em dias de movimento fraco.

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