Safra compra Guide, fundador da WeWork tenta voltar à empresa e o que importa no mercado

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São Paulo

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Safra compra Guide Investimentos

O Banco Safra anunciou nesta terça a compra da Guide Investimentos, que era controlada pelo grupo chinês Fosun. Os valores da transação não foram divulgados.

O Safra ficará com a carteira de R$ 20 bilhões em ativos em custódia da Guide, que possui a quarta maior operação do mercado de assessoria de investimentos –logo atrás do Safra Invest.

A corretora também atua nas áreas de gestão de patrimônio e gestão de ativos.

Consolidação: a compra do Safra reforça o cenário de concentração do mercado de corretoras e assessorias de investimento, com as grandes instituições do setor adquirindo rivais de menor tamanho. Outro movimento recente foi feito pelo BTG Pactual, que comprou em outubro a Órama Investimentos por R$ 500 milhões.

  • O banco de André Esteves também abocanhou nos últimos anos as corretoras Necton, Fator e Elite.

O que disseram Haddad, Campos Neto e Caputo no BTG

Nomes importantes da economia, da política e do mercado financeiro participaram nesta terça de evento promovido pelo BTG Pactual.

Estiveram presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e alguns dos gestores mais respeitados no mercado local, além de representantes do varejo.

O que você precisa saber:

Haddad disse que a arrecadação federal em janeiro surpreenderá o mercado e comentou sobre o compromisso com a meta de déficit zero para este ano.

  • "Depende de vários fatores, como por exemplo a apreciação das medidas que o governo apresenta ao Congresso (...). Então, o resultado primário depende do Congresso Nacional", falou.
  • O ministro vive um embate com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a renovação do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos).

Campos Neto afirmou que a inflação no Brasil tem caído "mais ou menos" de acordo com a expectativa da instituição e que a economia deve crescer mais que o esperado no primeiro trimestre.

Os gestores Luís Stuhlberger, da Verde Asset, Rogério Xavier, da SPX Capital e André Jarkurski, da JGP, disseram que os juros no Brasil estão muito altos e restringem o crescimento econômico do país.

↳ O ministro da Economia argentino, Luis Caputo, afirmou que conta com o Brasil para ajudar a Argentina a superar a grave crise econômica que o país enfrenta.

↳ O investidor ativista americano Bill Ackman disse que está preocupado com "ideologias marxistas assumindo posições de dominância nos EUA".

↳ A presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, afirmou que hoje a loja física é uma parceria da digital, e não o contrário.


Bancos sustentam alta da Bolsa

Em um dia morno lá fora, a Bolsa brasileira fechou em alta de 2,18% repercutindo notícias relacionadas ao setor bancário local.

  • O índice voltou ao patamar de 130 mil pontos, do qual havia saído em 15 de janeiro. O dólar fechou em queda de 0,38%, cotado a R$ 4,96.

Por que bancos impulsionaram a Bolsa:

↳ BB (Banco do Brasil) e Bradesco
anunciaram na noite de segunda (5) uma oferta para fechar o capital da Cielo, empresa de maquininhas controlada pelos dois bancos.

  • A oferta era esperada pelo mercado, por ser um movimento semelhante ao feito pelo Itaú com a Rede, em 2012.
  • Bradesco, que viu suas ações fecharem em alta de 6,21%, seguirá como principal acionista da Cielo.
  • A oferta é pela compra das ações no mercado por R$ 5,35, um prêmio de 6,36% ante o fechamento da segunda –nesta terça, o papel encerrou em R$ 5,23.

↳ O Itaú fechou o pregão em alta de 4,29% após ter divulgado o balanço do último trimestre do ano passado.

  • O lucro no período foi de R$ 9,4 bilhões, alta trimestral de 4%, enquanto o resultado em 2023 foi de R$ 35,618 bilhões.

Mais sobre o setor financeiro:

Recorde.
Nubank deve anunciar lucro líquido de US$ 1 bilhão em 2023, estimam analistas. Patamar seria o maior da história para a fintech, que divulga seus resultados no dia 22.


Ele quer voltar

Adam Neumann, cofundador e ex-CEO da WeWork, tem tentado nos últimos meses voltar ao comando da empresa de locação de escritórios por meio de uma oferta de compra.

  • A informação aparece em uma carta dos advogados do executivo à companhia e publicada por jornais americanos nesta terça.

A WeWork está em um processo nos EUA análogo à recuperação judicial aqui no Brasil, mas tem enfrentado dificuldades para honrar compromissos com seus credores.

Neumann quer usar sua nova empresa, a Flow Global, para assumir a WeWork ou seus ativos e ajudar no processo de recuperação judicial.

Ele, porém, tem sido solenemente ignorado pelos credores da companhia, que planejam vender seus ativos –como escritórios corporativos– assim que ela deixar a recuperação judicial.



Relembre: Neumann deixou o comando da WeWork em 2019, logo após uma tentativa frustrada de estreia na Bolsa.

  • Os investidores questionaram na época as projeções da startup e a postura de Neumann, acusado de discriminar e assediar moralmente funcionários –a história é contada na série "WeCrashed".
  • Desde então, a WeWork nunca mais conseguiu retomar seu prestígio e ainda foi atingida pela pandemia e pelo retorno parcial dos funcionários aos escritórios.
  • Sem conseguir pagar os contratos de aluguéis corporativos firmados antes da crise sanitária, a empresa entrou em recuperação judicial no fim do ano passado.
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