A economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, de acordo com os dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (1º). O resultado no primeiro ano do novo mandato do presidente Lula (PT) foi praticamente o mesmo registrado no ano anterior.
Em 2022, o PIB acelerou no segundo semestre em relação ao primeiro, dentro da estratégia do governo anterior de ter uma economia mais forte no período eleitoral.
Em 2023, ocorreu o contrário. Houve desaceleração na segunda metade do ano –o PIB ficou estagnado nos dois últimos trimestre do ano.
A agropecuária foi o grande destaque do ano passado, respondendo por cerca de um terço do crescimento. A contribuição do setor também aparece nas exportações. Os serviços desaceleraram em 2023. As indústrias de transformação e da construção fecharam o ano no vermelho. O setor como um todo cresceu, puxado por atividades extrativas e de eletricidade/gás e água/esgoto/resíduos.
O consumo das famílias e do governo cresceu menos em 2023. O investimento caiu, com o pior resultado desde 2016.
O que ajudou a segurar o PIB foi o setor externo: o aumento das exportações e a queda nas importações responderam por cerca de dois terços do crescimento do ano passado. Principalmente por conta das vendas de commodities agrícolas e minerais para o exterior.
O crescimento do Brasil em 2023 ficou próximo da média mundial estimada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), mas acima do verificado nas maiores economias do mundo. Para 2024, a previsão do próprio governo brasileiro é uma desaceleração do PIB (alta de 2,2%).
O PIB está, desde o segundo trimestre do ano passado, no maior patamar da série histórica do IBGE, iniciada em 1995.
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