Governo de SP aprova modelo de privatização da Emae, e edital sai na segunda

Empresa de geração de energia tem valor de mercado estimado em R$ 2,3 bilhões e opera hidrelétricas e reservatórios

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São Paulo

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) aprovou na noite desta sexta-feira (15) a modelagem da privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). O edital da privatização será publicado na segunda-feira (18), e o governo pretende fazer o leilão ainda em abril.

Com um valor de mercado de R$ 2,3 bilhões, segundo o governo paulista, a Emae gere os reservatórios de água da Grande São Paulo, opera o trecho canalizado do rio Pinheiros na capital e atua no setor de geração de energia hidrelétrica.

O governdor de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) em evento no Palácio dos Bandeirantes - Mônica Andrade/Governo de São Paulo

Remanescente da privatização da Eletropaulo, a Emae administra usinas no estado que somam potência instalada de 960,8 MW —a maior parte dessa capacidade vem do complexo Henry Borden, em Cubatão, com capacidade instalada de 889 MW.

Além disso, opera os reservatórios Billings, Guarapiranga, Rio das Pedras e Pirapora, bem como barragens e diques desses sistemas.

Segundo a Secretaria de Parcerias em Investimentos, a Emae, que é uma sociedade anônima de capital aberto controlada pelo governo, tem receita líquida de R$ 532 milhões e patrimônio líquido de R$ 1,16 bilhão.

Em evento nesta semana, o governador paulista afirmou que esta seria "uma privatização bastante badalada, com muito sucesso, bastante concorrida".

Uma das empresas interessadas no leilão seria a Eletrobras, que já detêm quase 40% das ações não preferenciais da companhia, além de companhias chinesas, segundo um advogado que acompanha o setor.

A privatização da companhia chegou a ser suspensa no ano passado pelo Tribunal de Contas do Estado por falta de licitação para contratação de estudos técnicos, mas o processo foi liberado em abril.

Tarcísio defendia a venda da Emae mesmo antes de assumir o cargo. A venda é considerada um bom termômetro da privatização da Sabesp (companhia de saneamento de SP), considerada a joia da coroa da agenda privatista do governador, que pode ocorrer ainda neste ano.

"Vamos começar pela Emae, porque é uma empresa que não faz mais sentido o Governo de São Paulo ter", disse ainda em dezembro de 2022. "Vamos pensar simples, fatiar o gorila como algumas pessoas dizem. Tá fácil vender a Emae? Tá. Então vende a Emae primeiro, enquanto isso a gente vai trabalhando naquela que vai ser a grande privatização do estado de São Paulo, que é a Sabesp", disse.

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