Descrição de chapéu Governo Lula copom Selic

Lula diz que Campos Neto mantém taxa de juros alta por teimosia e que contribui para o atraso do país

Presidente encerra trégua do fim do ano passado e retoma críticas a presidente do Banco Central

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (11) que Roberto Campos Neto mantém a taxa básica de juros (Selic) em 11,25% ao ano por "teimosia", e que o executivo contribui para o atraso no desenvolvimento do Brasil.

O mandatário ainda voltou a chamá-lo de "cidadão". A declaração foi dada durante entrevista ao SBT, divulgada na noite desta segunda.

O presidente Lula (PT) recebe o primeiro ministro da Espanha, Pedro Sanchez. - Gabriela Biló-06.03.2024/Folhapress

Lula foi questionado sobre a possibilidade de os bancos públicos abaixarem juros para incentivar os privados a fazerem o mesmo. Sem maiores detalhes, ele disse disse que sim.

"É possível. Não tem nenhuma explicação o juros da taxa Selic estar a 11,25%. Não existe nenhuma explicação econômica, inflacionária. Não existe nada, nada, a não ser a teimosia do presidente do Banco Central em manter essa taxa de juros", disse.

"Esse cidadão, quando deixar o Banco Central, vai ter que medir o que ele fez para esse pais. Porque o que ele está fazendo neste instante é contribuir para o atraso do crescimento econômico desse país", completou.

Além de chamá-lo de "cidadão", Lula disse que esperava que ele fosse "um pouco mais prudente mais rápido". Ele disse ainda ter "conversa civilizada" com Campos Neto.

Lula passou o primeiro ano de governo com o presidente do BC na mira. No final do ano, eles chegaram a se encontrar no Palácio do Planalto, e Campos Neto participou depois de confraternização do governo.

No final de janeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu por unanimidade reduzir em 0,5 ponto percentual a Selic para 11,25% ao ano, e manter a sinalização por cortes da mesma magnitude nas próximas reuniões.

As últimas decisões do comitê foram tomadas de forma unânime entre os membros do colegiado, contando com o apoio inclusive dos quatro diretores indicados pelo Lula, que votaram sem divergências com Campos Neto.

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