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Alphabet, dona do Google, salta 12% e bate marca de US$ 2 tri após anúncio de primeiro dividendo

Lucro do primeiro trimestre da empresa superou expectativas

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Stephen Morris Richard Waters
San Francisco | Financial Times

A receita do primeiro trimestre da Alphabet subiu 15% e a empresa anunciou seu primeiro dividendo, de US$ 0,20, e uma recompra de ações no valor de US$ 70 bi, impulsionada por um aumento nos lucros em todas as suas principais linhas de negócios.

A receita da controladora do Google subiu para US$ 80,5 bi, de US$ 69,8 bi no ano anterior, superando as expectativas dos analistas de US$ 79 bi, de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (25). O lucro por ação foi de US$ 1,89, acima de US$ 1,17 no ano passado e superando a estimativa média de US$ 1,53.

As ações subiam 12% nas negociações após o fechamento, adicionando mais de US$ 250 bi à sua capitalização de mercado e elevando seu valor para cima de US$ 2 tri, juntando-se à Microsoft, Apple e Nvidia.

Logo do Google - Annegret Hilse/Reuters

O presidente-executivo Sundar Pichai disse que o trimestre representou um "desempenho forte da Busca, YouTube e Cloud" e que o Google está "bem encaminhado com nossa era Gemini", referindo-se ao seu modelo de inteligência artificial generativa.

"Nossa liderança em pesquisa e infraestrutura de IA, e nossa presença global de produtos, nos posicionam bem para a próxima onda de inovação em IA", acrescentou.

Ao todo, o dividendo do primeiro trimestre é de quase US$ 2,5 bi, e o conselho disse que "pretende pagar dividendos trimestrais no futuro", uma mudança simbólica de política para a gigante de tecnologia, que anteriormente só fazia recompras de ações.

Os planos de investimento financeiro e de IA do Google e da Microsoft, que também divulgou resultados nesta quinta-feira, estão em foco após a experiência da concorrente Meta.

As ações da gigante das redes sociais despencaram na quarta-feira depois que o presidente-executivo Mark Zuckerberg disse que gastará bilhões a mais do que o planejado em IA, alertando que os custos teriam que aumentar "significativamente antes de gerarmos muita receita com alguns desses novos produtos".

Embora os gastos de capital da Alphabet tenham subido para US$ 12 bi no trimestre —mais do que os US$ 10 bi previstos— sua margem operacional de lucro ainda se expandiu para 32%, de 25% no ano anterior, superando as expectativas de 29%.

"Talvez o mais importante em relação ao grande movimento após o fechamento do pregão nas ações foi que as margens superaram significativamente as expectativas", disse Brad Erickson, analista do RBC Capital Markets, Brad Erickson.

Isso "fornece um ponto de dados significativamente melhor em relação ao compromisso da administração em entregar economias de custo nos próximos anos", acrescentou.

A receita de publicidade por meio de buscas e YouTube, que representa mais de três quartos da receita principal do Google, cresceu 13% para US$ 61,7 bi, em comparação com a previsão consensual dos analistas de US$ 60,2 bi.

A receita do negócio de serviços em nuvem do Google também subiu 28% para US$ 9,6 bi, à medida que as empresas buscam acesso à vasta potência de computação e infraestrutura de chips para treinar modelos LLM e surfar na onda de IA.

É um grande impulso para Pichai, que foi criticado por ser mais lento para comercializar IA generativa —em particular por causa da parceria de US$ 13 bi da Microsoft com a OpenAI e seu muito divulgado ChatGPT— apesar de a tecnologia ter sido criada internamente por seus pesquisadores.

Também ajuda a Google a superar um contratempo em fevereiro, quando pausou a geração de imagens no Gemini após uma polêmica sobre sua representação histórica imprecisa de diferentes etnias e gêneros.

O Google detalhará mais de seus planos em IA e busca em sua conferência anual de desenvolvedores I/O em 14 e 15 de maio, em Mountain View, Califórnia.

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