Tensão e tumulto na Petrobras, robôs da Apple e o que importa no mercado

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São Paulo

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Chefe novo na Petrobras?

O presidente Lula (PT) avalia mudar o comando da Petrobras, segundo apuração dos repórteres Catia Seabra, Fábio Pupo e Adriana Fernandes, de Brasília. A troca seria Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no lugar de Jean Paul Prates.

O que acontece: o atual presidente acumula desgastes no cargo. O maior deles foi a polêmica, em março, após a decisão da estatal de reter os dividendos extraordinários, no valor de R$ 43,9 bilhões.

↳ Prates divulgou que a medida tomada pelo Conselho de Administração teve apoio do governo federal;

↳ O presidente da estatal defendia a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários e saiu derrotado;

↳ A decisão fez as ações da Petrobras despencarem e jogou a crise para Lula.

À Folha, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu que há divergências sobre o assunto no governo. "Os papéis (dele e de Prates) são diferentes . Por isso há um conflito", afirmou. Leia aqui a entrevista na íntegra. O caso expôs a divisão no governo sobre os dividendos da estatal:

  • Silveira e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, defendiam a retenção;
  • Prates e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, queriam a distribuição aos acionistas.

Conta de Haddad: os dividendos extraordinários podem garantir 8% do que o ministro da Fazenda tenta levantar para cumprir a meta de déficit zero em 2024. Como maior acionista da Petrobras, a União receberia R$ 12 bilhões.

↳ Na quinta, Costa (Casa Civil) e Silveira já teriam concordado com a distribuição.

↳ Prates pediu audiência com Lula para conversar sobre o bombardeio disparado contra ele.

Saldo negativo: o noticiário sobre as disputas no governo fizeram as ações da estatal caírem após vaivém no mercado.


Robôs da Apple?

Após fracassar no projeto de lançar um carro, a Apple agora quer fazer robôs domésticos. É o que informou a Bloomberg. Até agora não há maiores detalhes sobre o que o produto "irmão do iPhone" apresentaria de novidade.

Entenda: isso pode ser mais uma tentativa da empresa californiana de buscar novas fontes de receita. A Apple tem projeções de que as vendas de iPhone devem desaquecer nos próximos anos. Isso a fez investir no Apple Watch e no Vision Pro, óculos de realidade aumentada.

Sim, mas… A nova ideia parece uma resposta ao fracasso no plano de entrar no mercado de automóveis. A empresa abandonou o desenvolvimento do seu veículo elétrico em fevereiro após dez anos de investimento.

  • A meta era criar um veículo elétrico totalmente autônomo com interior de limusine e navegação por voz;
  • Batizado oficialmente de Titan, o projeto ganhou dos funcionários o apelido de Titanic, segundo o New York Times;
  • Pelo menos 2 mil pessoas trabalhavam no plano, que consumiu bilhões de dólares da gigante de tecnologia.

Lembra? A caça por novos produtos não é a única missão da Apple no ano. Em março, ela foi processada pelos EUA por supostamente usar seu poder no setor de smartphones para sufocar a concorrência de rivais e limitar a escolha do consumidor.


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