CEOs americanos batem recorde de remuneração em 2023; veja ranking

Remuneração de CEOs foi em média de US$ 15,7 milhões, de acordo com ranking de jornal americano

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São Paulo

Em 2023, os chefes das maiores empresas dos Estados Unidos atingiram novos marcos de remuneração devido ao aumento dos ganhos com ações.

Em levantamento do Wall Street Journal, metade dos mais de 400 presidentes-executivos de companhias analisados ganhou pelo menos US$ 15,7 milhões no ano passado, um novo recorde para a mediana dos salários anuais para a função, e muitos deles chegaram a receber mais de US$ 50 milhões. Em 2022, o pagamento médio foi de cerca de US$ 14,5 milhões.

A maioria dos executivos recebeu aumentos anuais de pelo menos 9%, com 1 em cada 4 recebendo 25% ou mais. Grande parte das empresas registrou retornos anuais para os acionistas de pelo menos 13%.

A imagem mostra uma série de notas de cem dólares americanos alinhadas em uma perspectiva que cria um efeito de repetição. O foco seletivo destaca a figura de Benjamin Franklin, que aparece na nota, e a textura do papel-moeda.
Cédulas de cem dólares - Reuters - 02.ago.2011

Oito executivos de tecnologia e cinco de empresas financeiras e de mídia ou entretenimento estão entre os 25 mais bem pagos, e parte dessa remuneração está ligada a bônus em ações e exige a permanência deles na empresa para que se transforme em ganho efetivo.

A remuneração média para CEOs, descontando prêmios de ações e levando em conta salário e bônus anuais, permaneceu estável em cerca de US$ 3,8 milhões.

Hock Tan, CEO da Broadcomo, o mais bem pago na análise, com US$ 162 milhões, precisa permanecer no cargo por cinco anos e atingir metas de ações para receber sua remuneração.

Nikesh Arora da Palo Alto Networks recebeu US$ 151 milhões em prêmios de ações.

Já Steven Schwarzman, da Blackstone, ganhou US$ 120 milhões.

Os CEOs mais bem pagos em 2023

  1. Hock Tan - US$ 161,83 milhões

    Broadcom

  2. Nikesh Arora - US$ 151,43 milhões

    Palo Alto Networks

  3. Stephen Schwarzman - US$ 119,78 milhões

    Blackstone

  4. Christopher Winfrey - US$ 89,08 milhões

    Charter Communications

  5. Will Lansing - US$ 66,35 milhões

    Fair Isaac

  6. Tim Cook - US$ 63,21 milhões

    Apple

  7. Hamid Moghadam - US$ 50,89 milhões

    Prologis

  8. Theodore Sarandos - US$ 49,83 milhões

    Netflix

  9. David Zaslav - US$ 49,70 milhões

    Warner Bros. Studios

  10. Glenn Fogel - US$ 46,72 milhões

    Booking Holding

Christopher Winfrey, da Charter Communications, recebeu US$ 89,1 milhões em opções e ações condicionadas ao desempenho das ações da empresa.

Will Lansing, da Fair Isaac, recebeu um prêmio de retenção e liderança de US$ 30 milhões ao longo de cinco anos, elevando sua remuneração total para US$ 66 milhões. A empresa afirmou que seus retornos para os acionistas estiveram entre os 1% melhores do S&P 500 na última década.

Essas remunerações são compostas principalmente por prêmios de ações, que podem aumentar ou diminuir de valor com base no desempenho da empresa.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, viu suas ações quadruplicarem de valor, chegando a US$ 107,5 milhões.

As remunerações não variaram drasticamente em relação ao desempenho das empresas do ano. Chefes de empresas com melhores performances receberam uma média de US$ 15,7 milhões, enquanto os de companhias com piores retornos receberam US$ 14,6 milhões.

A fabricante de chips Advanced Micro Devices, liderada por Lisa Su, é a sétima em desempenho e a segunda mulher mais bem paga, com $30 milhões.

Julie Sweet, da Accenture, lidera os rendimentos entre mulheres, com US$ 31,55 milhões.

Apenas 31 mulheres lideraram empresas do S&P 500 durante todo o ano de 2023. Nenhuma delas entrou na lista dois 25 executivos mais bem pagos.

Entre as 25 empresas de pior desempenho analisadas, quase um terço era do setor de saúde, incluindo companhias farmacêuticas e de biotecnologia.

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