Chuvas interrompem produção de carros no Rio Grande do Sul e na Argentina

Linhas de montagem do grupo Stellantis e da GM foram afetadas

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São Paulo

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul afetaram a produção de carros no estado e também na Argentina. A fábrica da General Motors na cidade gaúcha de Gravataí está com as atividades interrompidas até sexta (10).

A empresa americana parou a linha de montagem na quinta (2), dia em que os temporais começaram a se intensificar. Naquele momento, o objetivo seria reduzir os estoques para se adequar às vendas, com retomada das atividades nesta semana. Contudo, o cenário mudou por causa das tempestades e inundações.

Linha de produção do Chevrolet Onix em Gravataí, Rio Grande do Sul - Divulgação

A GM produz os modelos compactos Onix e Onix Plus em Gravataí. São os carros mais vendidos da montadora no Brasil, com 44.705 unidades emplacadas no primeiro quadrimestre deste ano. Os dados são da Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos).

A Marcopolo também interrompeu a produção nesta semana. A empresa sediada em Caxias do Sul é líder na fabricação de carrocerias de ônibus no país.

A parada das atividades forçada pelas chuvas ocorreu em um momento de alta para a companhia, que registrou lucro líquido de R$ 316,9 milhões no primeiro trimestre de 2024 —um crescimento de 34,1% na comparação com o mesmo período de 2023.

Na Argentina, a linha de montagem do Fiat Cronos, na cidade de Córdoba, está paralisada. Além de o Rio Grande do Sul ser rota para o envio de itens necessários à fabricação dos carros, parte das peças é fornecida por empresas instaladas no estado.

A produção na fábrica do grupo Stellantis deve permanecer interrompida até o dia 13. O problema se soma a outros episódios recentes na indústria automotiva argentina, como a falta de peças que prejudicou o setor entre dezembro e março.

Em nota, a companhia afirma se solidarizar com as vítimas das inundações. "A empresa já se mobilizou com doações de mantimentos e, juntamente com seus funcionários, concessionários e consumidores de suas marcas, auxilia com a arrecadação de mantimentos e recursos a serem destinados aos órgãos e entidades oficiais definidos pelo governo local. Também estão sendo levantados os impactos em fornecedores diretos e indiretos para dimensionar eventuais consequências na produção das plantas da Stellantis na região."

A Volkswagen, por exemplo, passou três meses sem produzir os modelos Amarok e Taos na unidade de Pacheco. A retomada ocorreu no dia 11 de março, em turno único.

Outras montadoras instaladas no país vizinho podem ter a logística de distribuição afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, mas ainda não há confirmações de paradas.

Enquanto a Toyota produz a picape Hilux e o SUV SW4 em Rosario, a Renault monta o furgão Kangoo em Santa Isabel —as exportações desse modelo para o Brasil foram retomadas neste mês.

A Ford faz a picape Ranger em Pacheco, fábrica vizinha à linha de montagem da Volkswagen. Já a Peugeot, que pertence ao grupo Stellantis, constrói o hatch 208 em El Palomar.

Além da linha de montagem do Fiat Cronos, a cidade de Córdoba abriga a planta da Nissan, que faz a picape Frontier.

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