A Mars, dona dos chocolates M&Ms e Snickers e das balas Skittles, chegou a um acordo para comprar a Kellanova, fabricante das batatas fritas Pringles, por US$ 35,9 bilhões (cerca de R$ 196 bilhões) em um dos maiores negócios do ano.
O conglomerado concordou em pagar US$ 83,50 (R$ 454,62) por ação da Kellanova em uma transação que envolverá apenas dinheiro e também assumirá mais de US$ 6 bilhões (R$ 32,67 bilhões) em dívida líquida.
A oferta representa uma valorização de mais de 69% em relação ao preço das ações da Kellanova há poucos meses.
O preço que a Mars está oferecendo é alto para os padrões do setor, especialmente para uma empresa que fabrica produtos que perderam popularidade entre os consumidores preocupados com a saúde.
A Mars afirmou que financiará a aquisição por meio de uma combinação de dinheiro em caixa e nova dívida que já havia garantido.
A aquisição da fabricante da Pringles também ocorre em um momento em que os consumidores reduziram recentemente seus gastos após vários anos de inflação, que elevou os preços de muitos produtos básicos acima dos níveis pré-pandemia.
No entanto, a Kellanova conseguiu até agora suportar a desaceleração nos gastos dos consumidores nos EUA e recentemente aumentou suas previsões de vendas para o ano após superar as expectativas com seus últimos resultados.
A Mars disse que o acordo ajuda a diversificar seus negócios adicionando opções de salgados, além do Pop-Tarts, doce que faz sucesso nos EUA. A aquisição também permitirá adicionar as marcas da Kellanova a uma ampla rede de distribuição global.
"Ao receber o portfólio de marcas globais em crescimento da Kellanova, temos uma oportunidade substancial para a Mars desenvolver ainda mais um negócio de lanches sustentáveis que esteja preparado para o futuro", disse Poul Weihrauch, CEO da Mars.
Além da Pringles, a Kellanova também fabrica os salgadinhos Cheez-It e Rice Krispies Treats. A empresa foi criada em 2023 após a Kellogg separar seus negócios de cereais matinais e lanches.
Já a Mars, uma das maiores empresas familiares do mundo, possui vendas anuais superiores a US$ 50 bilhões e mais de 150 mil funcionários.
O acordo ainda terá de ser aprovado pelos órgãos regulatórios e poderá ter problemas na fiscalização da concorrência, que têm desafiado agressivamente grandes fusões e aquisições. A Mars disse que espera concluir o acordo no primeiro semestre de 2025.
A realização de negócios desacelerou drasticamente nos últimos anos, embora tenha começado a aumentar nos últimos meses. Se a aquisição da Kellanova pela Mars for aprovada, é provável que inaugure uma nova onda de negócios no setor.
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