Descrição de chapéu Banco Central

Empresários e banqueiros elogiam indicação de Galípolo ao comando do BC

Experiência na autarquia é destacada como exemplo de que ex-secretário de Haddad fará uma boa gestão

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São Paulo

Empresários de grandes companhias com participação relevante no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro elogiaram a indicação de Gabriel Galípolo para o comando do Banco Central no lugar de Roberto Campos Neto a partir do próximo ano.

Entre os nomes que comentaram o anúncio, que já era esperado pelo mercado, está o sócio-fundador e presidente do conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto. Em um breve comentário à Folha, o empresário disse aprovar o nome. "Muito bem indicado. Gosto dele."

João Camargo, presidente do conselho da Esfera Brasil, empresa que organiza debates entre políticos e mercado e que foi responsável pela primeira aparição pública de Galípolo, também elogiou a escolha do nome.

Segundo Camargo, em um evento da Esfera no Guarujá em 2022, quando o mercado ainda desconhecia o agora diretor do BC, Galípolo ganhou empresários e banqueiros com suas falas. "De lá para cá, aprendi a respeitá-lo", disse à reportagem.

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo atualmente e diretor de Política Monetária do Banco Central e foi indicado para assumir o comando da autarquia
Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo atualmente e diretor de Política Monetária do Banco Central e foi indicado para assumir o comando da autarquia - Washington Costa - 9.mai.2023/Ministério da Fazenda

Camargo citou o trabalho de Galípolo como secretário-executivo de Fernando Haddad (PT), no Ministério da Fazenda, no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e citou a habilidade do economista em costurar soluções com o Congresso e em discutir pautas com Haddad.

"Ele sabe seduzir a pessoa. Ele sabe vender seu peixe muito bem sem confronto", destacou o empresário.

Entre os banqueiros, a escolha do nome pelo governo também foi aprovada. O presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que as declarações e ações de Galípolo como diretor de Política Monetária do Banco Central mostram que ele possui uma visão ampla da sociedade, preocupada com o bem maior da economia e do país.

Ele destacou que, embora tenha "temperamento sereno", o indicado a presidente terá papel decisivo para um BC "tempestivo e responsável".

"[Galípolo] exercerá uma gestão vitoriosa em sua missão principal de manter a inflação sob controle, mas com a visão ampliada das circunstâncias de um Banco Central que ocupa hoje papel central na formação da estabilidade dos mercados", disse Trabuco.

Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), também destacou a experiência de mais de um ano de Galípolo na diretoria da autarquia.

"Galípolo agregou toda essa vivência, especialmente num período que foi muito rico em debates intensos sobre a condução da política monetária", disse Sidney.

O diretor-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, também se manifestou sobre a indicação e afirmou que ela cumpriu com as melhores expectativas do mercado. Noronha afirma que o processo de transição está sendo realizado com segurança e tranquilidade, e afirmou que a nova gestão deve ser sólida e robusta.

Para Gilson Finkelsztain, presidente da B3, é positivo que a indicação tenha saído agora. "Tem quatro meses para garantir que Roberto e Galípolo trabalhem juntos nessa transição", afirmou.

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, falou em continuidade do trabalho exercido nas últimas gestões. "Estamos seguros de que Gabriel Galípolo dará continuidade ao elevado nível técnico e mundialmente relevante que tem marcado a gestão do Banco Central ao longo dos anos", afirmou.

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