Home office é critério usado por banco para definir demissões, diz jornal

Funcionário que vai mais ao escritório tem maior chance de ficar no Goldman Sachs, informa The Wall Street Journal

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São Paulo

O banco Goldman Sachs está usando o trabalho presencial como um dos critérios para definir os mais de 1.300 funcionários que serão demitidos em todo o mundo.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, a ida ao escritório fará parte da definição, já que o objetivo da instituição financeira é pressionar os funcionários a deixarem o home office e voltarem a trabalhar presencialmente.

Logo do banco Goldman Sachs é visto na Bolsa de Nova York
Logo do banco Goldman Sachs é visto na Bolsa de Nova York - Andrew Kelly/Reuters

O jornal afirmou que o processo de demissão já começou e deve prosseguir até o fim do ano, atendendo uma medida anual conhecida no banco como "avaliação estratégica de recursos".

Outro critério é a produtividade do funcionário, que também é adotado em outros bancos dos EUA, como o J.P.Morgan e o Citigroup. Segundo o WSJ, a intenção do Goldman Sachs é reduzir de 3% a 4% da sua equipe em todo o mundo, o que atingiria entre 1.300 e 1.800 empregados. Não foi informado quais serão os países impactados.

Um porta-voz do Goldman afirmou que o procedimento é rotineiro, mas não confirmou se o trabalho presencial é um dos critérios. "Nossas revisões são normais, habituais e seguem um padrão", disse Tony Fratto à publicação.

As demissões em massa foram interrompidas pelo banco durante a pandemia de Covid-19, mas acabaram sendo retomadas em 2022. No ano passado, cerca de 3.200 funcionários foram demitidos em janeiro e houve mais baixas em maio e setembro.

Ao mesmo tempo em que demite empregados, o banco aumentou sua receita em 21% no segundo trimestre de 2024 na comparação com o mesmo período do ano passado.

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