FMI pagará 11% a mais a Lagarde, mas exigirá padrões de conduta
O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai pagar 11% a mais à sua nova diretora-gerente, a francesa Christine Lagarde, em comparação com o salário de seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn. A instituição, contudo, vai exigir "os mais altos" padrões de conduta e ética.
Lagarde deve receber US$ 467.940 por ano a partir desta terça-feira, quando assumiu o cargo após a renúncia de Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais contra uma camareira do Hotel Sofitel, em Nova York. Ela ganhará ainda US$ 83.760 para cobrir despesas ligadas ao cargo.
O FMI divulgou nesta terça-feira os termos do contrato que assinou com a ex-ministra de Finanças francesa.
Win McNamee/Getty Images/France Presse | ||
Christine Lagarde chega à sede do FMI para assumir como diretora-gerente; ela é a primeira mulher no cargo |
No contrato consta que a sucessora de Strauss-Kahn deverá seguir "os mais altos padrões de conduta ética", com "integridade, imparcialidade e discrição", e deverá evitar qualquer "aparência de conduta inadequada".
Lagarde se tornou a primeira mulher no cargo máximo do FMI. Ela chegou à sede do FMI, em Washington, às 9h (10h de Brasília).
Embora não haja nenhum ato oficial programado para o seu primeiro dia, a nova diretora-gerente posou para as câmeras em sua chegada ao organismo. Ela deve conceder sua primeira coletiva na quarta-feira.
A ex-ministra da Economia francesa assume o cargo apenas cinco dias depois de ter sido escolhida pelo Conselho Executivo do FMI para substituir Strauss-Kahn, que renunciou em maio após ser acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel de Nova York.
A eleição de Lagarde era amplamente esperada e mantém a tradição de um europeu à frente do organismo internacional, em detrimento do candidato dos "mercados emergentes", como se definia seu rival, o governador do Banco Central do México, Agustín Carstens.
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