Trumpcare pode deixar 22 milhões sem ter seguro de saúde nos EUA

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
DE NOVA YORK

O projeto de lei do Senado dos EUA para revogar e substituir o Obamacare (a lei de saúde acessível, criada pelo governo Barack Obama) poderá deixar 22 milhões sem cobertura até 2026, de acordo com uma estimativa divulgada pelo Comitê de Orçamento do Congresso.

Mais de 15 milhões deixariam de ter cobertura já no ano que vem, uma vez que o projeto derruba a atual obrigatoriedade de todo americano contratar um plano de saúde. A eliminação de subsídios, também prevista pelo texto, levaria a um progressivo aumento desse número nos anos subsequentes.

Além de extinguir o dispositivo que obriga todos a terem um seguro, a proposta derruba as taxas criadas para financiar o sistema e prevê para 2020 a suspensão de fundos federais destinados aos Estados para estimular a ampliação do sistema básico de atendimento já existente, chamado Medicaid.

O projeto também suspende a necessidade de empresas com mais de 50 empregados em tempo integral custearem planos de saúde para ao menos 95% dos funcionários.

O estudo do comitê estima também que o projeto republicano resultaria numa redução do deficit público de US$ 321 bilhões em dez anos.

Alardeado pela Casa Branca como a solução para uma lei já supostamente "falida", o projeto enfrenta, porém, resistências de senadores de diversas tendências do próprio Partido Republicano.

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