O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (13) que o Brasil não fechará a fronteira de Roraima com a Venezuela, nem aumentar o controle para impedir a entrada de refugiados.
"Fechar a fronteira é incogitável", disse Temer, referindo-se ao pedido da governadora roraimense, Suely Campos (PP). "O Brasil não fecharia fronteiras e espero que o Supremo não decida dessa maneira."
Em solicitação ao STF (Supremo Tribunal Federal), Campos pede "fechamento temporário a fronteira Brasil-Venezuela a fim de impedir que o fluxo imigratório desordenado produza efeitos mais devastadores aos brasileiros e estrangeiros residentes no estado de Roraima ou que a União seja compelida a limitar o ingresso de refugiados venezuelanos a uma quantidade compatível com a capacidade do Estado brasileiro de acolher"
Em conversa com jornalistas durante a Cúpula das Américas, em Lima, Temer afirmou que o governo já faz fiscalização e citou a carteira de identidade provisória para os refugiados.
"Acabei de verificar a petição, muitas das medidas lá pleiteadas já estão sendo tomadas, temos recursos e pessoas lá para dar assistência social e médica."
Temer afirmou que o Brasil adota apenas "sanções diplomáticas" contra a Venezuela, como a iniciativa de suspender o país do Mercosul "enquanto houver essa situação politicamente duvidosa".
"Estamos dando apoio humanitário acolhendo refugiados e tentamos mandar alimentos e remédios para lá; queremos ajudar a Venezuela humanitariamente."
Antes, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, já havia criticado o pedido da governadora.
Indagado por jornalistas se concordava com a ação do fechamento da fronteira, Nunes afirmou: "Esta é uma ideia...tenha santa paciência".
Nunes afirmou que o governo federal tem atuação muito forte de ajuda ao estado para lidar com o fluxo de refugiados.
"O governo federal está fazendo muito, ajudando tanto o governo do estado como as prefeituras, nós temos colaboração com a sociedade civil, o Acnur, agência da ONU para refugiados. Estamos fazendo muito e vamos fazer tudo o que for necessário."
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