Duas bases militares no Texas foram escolhidas pelo governo dos Estados Unidos para abrigar imigrantes que atravessam a fronteira ilegalmente, segundo informou o secretário de Defesa, Jim Mattis, nesta segunda-feira (25).
Os migrantes serão abrigados em tendas temporárias, semelhantes às que foram usadas para receber crianças separadas de suas famílias, em meio à crise imigratória na fronteira com o México.
Mattis comparou a medida ao trabalho das Forças Armadas durante crises humanitárias. “Isso é algo que podemos fazer”, declarou o secretário.
Para ele, prover esse tipo de abrigo a populações em risco, sejam "refugiados em barcos vindos do Vietnã, sejam pessoas que deixaram suas casas devido a um furacão", é uma função logística apropriada aos militares.
Pelo menos 2.300 menores que atravessaram a fronteira com os pais foram separados desde abril, quando o governo de Donald Trump passou a aplicar uma política de tolerância zero contra a imigração ilegal. Cerca de 50 deles eram brasileiros, conforme mostrou a Folha.
Os locais das bases escolhidas não foram revelados. Mas, de acordo com a agência Associated Press, a escolha recaiu sobre as bases de Fort Bliss, na cidade fronteiriça de El Paso, e Goodfellow, em San Angelo, no oeste do Texas.
O Departamento de Defesa não confirmou oficialmente quantas pessoas serão hospedadas nesses locais.
O pedido do governo é para que o Pentágono contribua com 20 mil vagas, o que triplicaria a capacidade do sistema de abrigos para menores imigrantes —hoje há cerca de 12 mil lugares.
Depois de elevado criticismo contra a separação das crianças, Trump determinou na semana passada que a prática fosse suspensa. Até agora, 522 menores foram reunidos às suas famílias, segundo o Departamento de Segurança Interna.
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