Descrição de chapéu Governo Trump

Bases militares no Texas vão abrigar imigrantes que buscam entrar nos EUA

Refugiados vão usar tendas temporárias nos locais; governo quer triplicar número de vagas

Imigrantes que já foram liberados pela Alfândega e Proteção de Fronteira dos EUA, em McAllen, Texas
Imigrantes que já foram liberados pela Alfândega e Proteção de Fronteira dos EUA, em McAllen, Texas - David J. Phillip - 24.jun.2018/Associated Press
Estelita Hass Carazzai
Washington

Duas bases militares no Texas foram escolhidas pelo governo dos Estados Unidos para abrigar imigrantes que atravessam a fronteira ilegalmente, segundo informou o secretário de Defesa, Jim Mattis, nesta segunda-feira (25).

Os migrantes serão abrigados em tendas temporárias, semelhantes às que foram usadas para receber crianças separadas de suas famílias, em meio à crise imigratória na fronteira com o México.

Mattis comparou a medida ao trabalho das Forças Armadas durante crises humanitárias. “Isso é algo que podemos fazer”, declarou o secretário.

Para ele, prover esse tipo de abrigo a populações em risco, sejam "refugiados em barcos vindos do Vietnã, sejam pessoas que deixaram suas casas devido a um furacão", é uma função logística apropriada aos militares.

Pelo menos 2.300 menores que atravessaram a fronteira com os pais foram separados desde abril, quando o governo de Donald Trump passou a aplicar uma política de tolerância zero contra a imigração ilegal. Cerca de 50 deles eram brasileiros, conforme mostrou a Folha.

Os locais das bases escolhidas não foram revelados. Mas, de acordo com a agência Associated Press, a escolha recaiu sobre as bases de Fort Bliss, na cidade fronteiriça de El Paso, e Goodfellow, em San Angelo, no oeste do Texas.

O Departamento de Defesa não confirmou oficialmente quantas pessoas serão hospedadas nesses locais.

O pedido do governo é para que o Pentágono contribua com 20 mil vagas, o que triplicaria a capacidade do sistema de abrigos para menores imigrantes —hoje há cerca de 12 mil lugares.

Depois de elevado criticismo contra a separação das crianças, Trump determinou na semana passada que a prática fosse suspensa. Até agora, 522 menores foram reunidos às suas famílias, segundo o Departamento de Segurança Interna.
 

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