O Brasil é o sexto país em acúmulo de pedidos de refúgio acumulados: 85.746.
O Conare, órgão do governo encarregado da questão, não tem conseguido dar fluxo ao processo. Com isso, o número de refugiados reconhecidos no país passou de 9.689 para 10.264 em um ano. Ou seja, apenas 575 pessoas conseguiram ter o status reconhecido.
Já o número de pessoas que aguardam resultado de seu processo passou de 35.464 para 85.746. Como comparação, a Turquia, que recebeu 3,5 milhões, tem 308 mil casos parados, ou 8,8%.
Mas o Brasil acolhe grande número de pessoas sob a rubrica “outras pessoas dentro do escopo do Acnur”, que são as que pedem residência temporária por dois anos justamente por causa do processo de refúgio moroso. De 22.930 em 2016, passaram a 52.341.
No ano passado, o Brasil ampliou o acordo de residência do Mercosul a cidadãos de países não fronteiriços —o que beneficia os venezuelanos.
O acordo permite residência temporária por até dois anos. Desde 2015, 166 mil venezuelanos pediram refúgio em vários países, e mais de 500 mil obtiveram alguma proteção.
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