Paul Manafort, chefe de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, tentou intimidar testemunhas no processo que investiga o suposto elo entre a equipe do republicano e a interferência russa na eleição presidencial de 2016, segundo os membros do inquérito.
Em documento entregue nesta segunda-feira (4), o procurador especial para o caso, Robert Mueller, pediu à Justiça do Distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washington, que mande o ex-assessor de volta para a cadeia.
Manafort está em prisão domiciliar enquanto espera a continuidade de seu julgamento por lavagem de dinheiro, fraude tributária e crime financeiro ao ser lobista ilegal do governo ucraniano no mandato do pró-russo Viktor Yanukovitch.
Ele, que nega as acusações, fez um acordo com a Justiça para deixar o regime fechado. No documento de Mueller, o agente do FBI Brock Domin disse que o ex-assessor tentou fazer ligações e enviar mensagens de texto.
As comunicações seriam destinadas a duas pessoas do chamado Hapsburg Group, em alusão à empresa que usava para o lobby da Ucrânia. O documento tem as declarações de duas testemunhas, gravações e registros eletrônicos.
Segundo Domin, as comunicações foram “uma tentativa de influenciar os depoimentos dos ex-funcionários e tentar encobrir provas”. Mueller pediu celeridade na condução da medida para mudar o regime de Manafort.
A previsão é que o julgamento do ex-assessor no caso da fraude fiscal comece em 17 de setembro. O presidente nega qualquer conluio de seus assessores com a Rússia e chama a investigação de uma caça às bruxas.
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