Descrição de chapéu Governo Trump

Casa Branca suspende notas de telefonemas de Trump a estrangeiros, diz TV

Avisos, que davam dimensão da relação com outros países, foram interrompidos em junho

Com terno azul escuro, camisa branca e gravata listrada em azul, branco e preto, Trump acena com a mão direita
O presidente dos EUA, Donald Trump, acena na volta de Kansas City, no estado do Missouri, à Casa Branca - Joshua Roberts/Reuters
São Paulo

A Casa Branca suspendeu a divulgação de notas sobre os telefonemas do presidente Donald Trump a mandatários estrangeiros, prática comum de outros governos, informou nesta terça-feira (24) a rede de televisão CNN.

O fato foi comunicado por integrantes do governo à emissora, que não menciona se é uma medida temporária ou permanente. Os avisos também deixaram de ser enviados aos funcionários da Presidência, como era praxe.

As descrições das ligações a líderes estrangeiros são uma forma do governo americano de mostrar, por meio da seleção dos principais assuntos, quais são seus temas relevantes na diplomacia entre os respectivos países.

Na maioria das vezes, porém, eles oferecem um relato sucinto e pouco detalhado. A última vez que uma mensagem dessas foi publicada foi em junho, quando ele parabenizou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, por sua reeleição.

De lá para cá ele falou ao menos duas vezes com mandatários, entre eles o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu —o governo só as confirmou após a imprensa estrangeira informá-las.

A suspensão ocorre depois de casos de diferença entre o relato da Casa Branca e de governos estrangeiros e de a imprensa americana informar desentendimentos do presidente com alguns dos mandatários nas ligações.

Quando Trump falou com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em abril, a equipe do republicano disse que a ligação havia sido amistosa, enquanto o gabinete canadense destacou às críticas no comércio bilateral.

No ano passado, o presidente se irritou com o chefe de governo da Austrália, Malcolm Turnbull, quando este sugeriu o envio de refugiados aos EUA, e com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, sobre o muro na fronteira.

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