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Polícia belga prende casal que preparava atentado perto de Paris

Alvo seria evento de oposição iraniana no fim de semana

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Mulher de véu e roupa longa azul caminha segurando uma coroa de flores diante de um exemplar do Corão em um paço iluminado
A líder opositora iraniana Maryam Rajavi, do grupo Mujahedin do Povo do Irã, participa de evento nas cercanias de Paris no sábado - Zakaria Abdelhafi-30.jun.18/AFP

As autoridades belgas desmantelaram um plano de atentado a bomba contra uma manifestação da oposição iraniana, que aconteceu no último sábado (30), em Seine Saint Denis, perto de Paris.

O anúncio foi feito em um comunicado pela Promotoria Federal da Bélgica, que investiga as ações das redes terroristas na Bélgica.

O juiz de Anvers, na Bélgica, especializado em terrorismo, emitiu um mandado de prisão preventiva contra um casal belga de origem iraniana. Amir S., 38 anos, e sua esposa Nasimeh N., 33 anos, foram detidos perto de Woluwe-Saint-Pierre, na região de Bruxelas.

Os dois carregavam cerca de 500 g do explosivo TATP e um detonador dentro do carro - uma Mercedes. Eles foram indiciados por tentativa de "assassinato terrorista" e "preparação de crime terrorista"

O casal é suspeito de organizar um atentado a bomba que deveria ter ocorrido neste sábado (30) na região parisiense, durante uma conferência do partido de oposição Moudjahidines do povo iraniano, proibido no Irã. Mais de 25 mil pessoas estavam sendo esperadas no evento.

De acordo com o comunicado da Justiça belga, um cúmplice também foi preso na França e outro contato do casal, Assadollah A., 46 anos, foi detido na Alemanha. Trata-se de um diplomata iraniano ligado à embaixada austríaca em Viena.

Depois dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, a Bélgica entrou no foco na luta contra o terrorismo europeu. Na época, a polícia descobriu que os atentados foram planejados na cidade de Mollenbek, um dos refúgios de membros do grupo Estado Islâmico.

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