27 membros da oposição são acusados por violência após eleição no Zimbábue

Repressão do Exército deixou 6 mortos; Reino Unido se diz preocupado

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Parte dos opositores detidos é levada para corte em Harare (Zimbábue) - Philimon Bulawayo/Reuters
Harare (Zimbábue) | Reuters

Vinte e sete membros do partido opositor MDC compareceram neste sábado (4) a uma corte em Harare, no Zimbábue, para responder a acusações de “violência pública” depois que seis pessoas foram mortas devido à repressão militar a protestos após as eleições de segunda-feira. 

Os oposicionistas haviam sido detidos na quinta-feira na sede do partido no capital. Eles dizem que são inocentes e que estavam divulgando resultados eleitorais das províncias quando foram presos.

Caso sejam considerados culpados, eles podem ser condenados a até 10 anos de prisão.

O MDC questiona o resultado, que deu vitória ao atual presidente, Emmerson Mnangagwa —na sexta, ele prometeu uma investigação independente sobre as mortes nos protestos. 

Canhões de água e mais de uma dezena de policias anti-distúrbio estavam estacionados no perímetro da corte, enquanto outros foram destacados para a sede do MDC.

O candidato à presidência pelo MDC, Nelson Chamisa, disse neste sábado que estava consciente da ansiedade de seus simpatizantes. 

"Vocês votaram, mas eles roubaram. Mais de 2,5 milhões de votos não podem ser ignorados. Estamos fazendo de tudo para garantir o seu voto e defender sua vontade. A mudança virá", escreveu nas redes sociais.

O governo britânico disse estar profundamente preocupado com a violência após as eleições no país e pela "resposta desproporcional das forças de segurança".

"Instamos todos os partidos a trabalharem em conjunto para garantir a calma", afirmou Harriet Baldwin, ministra britânica para a África, em uma nota. "É vital lidar rápida e imparcialmente com quaisquer apelos contra os resultados ou contra o processo."

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