O principal advogado da Casa Branca cooperou longamente com o procurador especial que investiga a interferência russa na eleição de 2016, compartilhando detalhes dos principais episódios do inquérito, que tenta estabelecer se o presidente Donald Trump obstruiu a justiça, informou o jornal The New York Times neste sábado (18).
Citando uma dezena de atuais e ex-funcionários da Casa Branca e outros pessoas informadas sobre o assunto, o jornal disse que Donald McGahn, compartilhou uma série de informações, algumas das quais os investigadores não teriam conhecimento de outra forma.
Ele teria feito ao menos três depoimentos ao procurador especial Robert Mueller, que juntos duraram mais de 30 horas.
Na noite de sábado, o advogado de McGahn confirmou que o conselho da Casa Branca havia cooperado com a equipe de Mueller. "O Sr. McGahn respondeu às perguntas da equipe do Conselho Especial de forma convincente e honesta", disse William Burck, explicando que o presidente não pediu a McGahn que se abstenha de discutir qualquer assunto.
Também no sábado, o próprio Trump disse que ele havia encorajado McGahn e a equipe da Casa Branca a cooperar com os investigadores.
"Eu permiti que o Conselheiro da Casa Branca, Don McGahn, e todos os outros membros solicitados da Casa Branca, cooperassem totalmente com o Conselho Especial", Trump twittou.
"Além disso, entregamos prontamente mais de um milhão de páginas de documentos. Mais transparente na história. Sem conluio, sem obstrução. Caça às bruxas!"
Trump vê a investigação liderada por Mueller como um obstáculo à sua Presidência, e tem repetidamente pressionado para que ela termine.
As informações fornecidas por McGahn incluíram as tentativas do presidente de demitir Mueller e os comentários e ações de Trump durante sua demissão do diretor do FBI, James Comey.
O jornal disse que não está claro se Trump sabia da extensão da cooperação de McGahn, observando que é raro um advogado ser tão aberto com os investigadores.
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