França investiga sumiço de diretor da Interpol

O chinês Hongwei Meng não fala com a família desde viagem à China no fim de setembro

O diretor da Interpol, Meng Hongwei - Roslan Rahman - 4.jul.17/AFP
Paris | AFP e Reuters

Autoridades francesas abriram uma investigação do desaparecimento do presidente da Interpol, o chinês Hongwei Meng, 64. A sede do organismo é na cidade francesa de Lyon.

A família de Meng afirmou que não tem notícias dele desde que viajou à China, no fim de setembro. O desaparecimento foi informado às autoridades francesas pela mulher de Meng.

Meng já foi vice-ministro de Segurança Pública na China, segundo o site da Interpol.

Segundo fontes próximas às investigações ouvidas pela agência AFP, Meng foi visto pela última vez deixando a sede da Interpol. Entretanto, ele não desapareceu na França, já que sua saída do país foi registrada no dia 29 de setembro. 

Seu mandato na Interpol vai até 2020.​ A principal função da agência é dar mecanismos de cooperação entre forças policiais de diferentes países para que possam buscar suspeitos procurados. 

A escolha de Meng para chefiar a Interpol em 2016 foi criticada por organizações de direitos humanos, uma vez que na China ele levou a cabo uma intensa campanha para capturar dissidentes e refugiados no exterior e purgar o Partido Comunista chinês. 

O jornal de Hong Kong South China Morning Post afirmou, citando fontes confidenciais, que Meng estava sob investigação na China e foi levado para prestar depoimento assim que desembarcou. 

"Isso é assunto para as autoridades competentes tanto na França quanto na China", afirmou a Interpol em nota. 

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