Autoridades francesas abriram uma investigação do desaparecimento do presidente da Interpol, o chinês Hongwei Meng, 64. A sede do organismo é na cidade francesa de Lyon.
A família de Meng afirmou que não tem notícias dele desde que viajou à China, no fim de setembro. O desaparecimento foi informado às autoridades francesas pela mulher de Meng.
Meng já foi vice-ministro de Segurança Pública na China, segundo o site da Interpol.
Segundo fontes próximas às investigações ouvidas pela agência AFP, Meng foi visto pela última vez deixando a sede da Interpol. Entretanto, ele não desapareceu na França, já que sua saída do país foi registrada no dia 29 de setembro.
Seu mandato na Interpol vai até 2020. A principal função da agência é dar mecanismos de cooperação entre forças policiais de diferentes países para que possam buscar suspeitos procurados.
A escolha de Meng para chefiar a Interpol em 2016 foi criticada por organizações de direitos humanos, uma vez que na China ele levou a cabo uma intensa campanha para capturar dissidentes e refugiados no exterior e purgar o Partido Comunista chinês.
O jornal de Hong Kong South China Morning Post afirmou, citando fontes confidenciais, que Meng estava sob investigação na China e foi levado para prestar depoimento assim que desembarcou.
"Isso é assunto para as autoridades competentes tanto na França quanto na China", afirmou a Interpol em nota.
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