Colômbia pede que Odebrecht seja impedida de atuar em obras públicas por 20 anos

Governo do país rejeitou proposta da empresa, que ofereceu US$ 30 milhões como reparação

A estrada Rota do Sol, feita pela Odebrecht na Colômbia
A estrada Rota do Sol, feita pela Odebrecht na Colômbia - Divulgação
Bogotá | AFP

O governo colombiano pediu uma sanção dura para a construtora brasileira Odebrecht, envolvida em uma vasta rede de corrupção: ficar impedida de participar de licitações públicas no país durante 20 anos.

A vice-presidente Marta Lucía Ramírez levou o pedido à Superintendência de Sociedades —autoridade de controle— para impor à empreiteira a punição máxima prevista em lei, segundo carta divulgada nesta terça-feira (20). 

Este "pedido é efetuado levando em conta que empresas do grupo Odebrecht protagonizaram o caso de propina e corrupção transnacional mais notório dos últimos anos em vários países do mundo, inclusive a Colômbia", escreveu Ramírez. 

A vice-presidente rejeitou a proposta da construtora de solucionar o escândalo com uma reparação equivalente a US$ 30 milhões (R$ 112 milhões) e pediu uma "pena pecuniária correspondente" aos delitos cometidos para obter a construção da Rota do Sol 2 —maior obra viária do país.

"Aceitar um acordo de compensação econômica (...) acabaria sendo um incentivo perverso para que esse tipo de crime continue sendo cometido", enfatizou Ramírez. 

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