EUA, México e Canadá assinam autorização para novo Nafta

Boa parte dos itens ainda precisa passar pelas equipes técnicas e pelos congressos dos países

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Enrique Peña Nieto, presidente do México, Donald Trump, dos EUA, e Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense, assinam novo tratado comercial em Buenos Aires
Enrique Peña Nieto, presidente do México, Donald Trump, dos EUA, e Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense, assinam novo tratado comercial em Buenos Aires - Pablo Martinez Monsivais/Associated Press
Buenos Aires

Os EUA, o Canadá e o México assinaram nesta sexta-feira (30), em Buenos Aires, a autorização para o novo acordo de comércio entre os três países, que substitui o antigo Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte).

O novo tratado, agora chamado de U.S.-Mexico-Canada Agreement, foi apresentado pelos presidentes Donald Trump e Enrique Peña Nieto e o primeiro-ministro Justin Trudeau.

Boa parte dos itens, porém, ainda precisa passar pelas equipes técnicas dos três países e pelos respectivos congressos, porém, a assinatura simboliza que há um compromisso comum de autoproteção do bloco.

Nos EUA, a principal dificuldade estará em passar o novo acordo pela Câmara que, a partir de janeiro, terá uma maioria de membros do partido Democrata.

Trump, porém, elogiou o resultado: "O modelo deste acordo muda o cenário da relação comercial entre os três países para sempre. Esta é a melhor saída que encontramos para os três países", afirmou.

Outra incerteza sobre a ratificação do acordo é que este é o último dia do governo do mexicano Enrique Peña Nieto, que inclusive viaja ainda nesta sexta-feira para transmitir o comando do México para seu sucessor, Andrés Manuel López Obrador, que também terá maioria no Senado mexicano. Ou seja, a ratificação do novo acordo, daqui a alguns meses, já será sob nova gestão.

Trudeau também se mostrou animado, "o novo documento mantém a estabilidade da economia canadense".

O novo acordo se distingue do Nafta em alguns pontos-chave, sem os quais o presidente Trump se negou a negociar. O principal deles se refere à produção de automóveis em outro país —no caso, sua principal preocupação era com a instalação de várias empresas automotrizes norte-americanas no México.

Com o novo tratado, para que um veículo entre nos EUA vindo de um dos outros dois países, terá de ter a maioria de suas autopeças produzidas nos EUA, e por trabalhadores que ganhem, no mínimo, US$ 16 por hora. Há também um novo capítulo sobre economia e comércio digital, ainda não específicado.

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