Airbnb desmente ministro de Israel e diz manter veto a anúncios em assentamentos

Empresa se reuniu com ministro para debater implementação da nova política

Jerusalém | Associated Press e Reuters

A empresa de locação de imóveis Airbnb emitiu comunicado nesta segunda-feira (17) para negar declarações do ministro de Turismo de Israel de que voltou atrás na política de suspensão das ofertas de casas nos assentamentos israelenses na Cisjordânia.

veto aos anúncios destes imóveis, considerados ilegais por boa parte dos países, foi divulgado em novembro, depois de três anos de pressão de grupos de direitos humanos.  

Mais cedo nesta segunda-feira, o ministro israelense Yariv Levin disse que a Airbnb se comprometeu a não implementar a decisão durante um encontro entre as duas partes, em Jerusalém. 

A empresa disse que a declaração de Levin, reproduzida na imprensa israelense, era imprecisa. O Airbnb informou ainda que continua desenvolvendo as ferramentas necessárias para implementar a política, o que inclui debater o assunto com aqueles diretamente afetados por ela. 

O encontro com o ministro israelense fez parte justamente dessa série de reuniões. "Como resultado, nós temos um entendimento ainda maior de que este é um assunto incrivelmente complexo e emocional".

Na época do anúncio, Airbnb sofreu duras críticas em Israel e chegou a ser acusada de antissemitismo. Levin descreveu a medida como "a mais deplorável capitulação aos esforços de boicote".

“Airbnb expressou sua inequívoca rejeição ao movimento de ocupação e comunicou seu comprometimento em desenvolver negócios em Israel, permitindo que mais turistas ao redor do mundo aproveitem as maravilhas do país e de seu povo", disse a empresa no comunicado, reproduzido pelo jornal Jerusalem Post.

Cerca de 450 mil israelenses vivem na Cisjordânia, que Israel tomou do controle da Jordânia em 1967. A maioria dos países considera os assentamentos israelenses uma violação do direito internacional. 

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