Entre 30 e 40 diplomatas dos países que compõem o Grupo de Lima deixaram a Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira (24), quando o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, tomou a palavra.
Arreaza falava em nome do Movimento dos Países Não-Alinhados no primeiro dia mundial do multilateralismo, mas poucos diplomatas ficaram na enorme sala para ouvi-lo.
Em seu discurso, o chanceler acusou os Estados Unidos de quererem "impor a ditadura" na ONU e "fingir, de maneira flagrante, expulsar ou desconsiderar as credenciais dos Estados membros com plenos direitos como a Venezuela".
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, pediu à ONU em 10 de abril para reconhecer o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e exigiu a saída do ditador Nicolás Maduro, que se mantém no poder com o apoio da Rússia e da China.
O Grupo de Lima, criado em 2017 para enfrentar a crise política na Venezuela, é formado por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lúcia.
O Grupo de Lima pediu à ONU neste mês que tome medidas para enfrentar a crise política e humanitária na Venezuela.
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