O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, removeu nesta quarta-feira (10) o embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, para o escritório de representação em São Paulo, dando início à mudança no comando do posto.
O comunicado foi publicado no Diário Oficial da União. A remoção era esperada, já que o presidente Jair Bolsonaro havia afirmado que iria trocar ainda neste semestre o chefe da embaixada brasileira em Washington.
Em um café com jornalistas em março, o presidente anunciou a intenção de fazer 15 mudanças nos comandos de embaixadas, entre elas a dos EUA e da França. Segundo Bolsonaro, as trocas são necessárias porque a imagem do Brasil no exterior está sendo vendida de "maneira ruim". "Não sou ditador, homofóbico, racista", afirmou.
O mais cotado para o posto em Washington é o diplomata Nestor Forster, alinhado a Araújo e ao guru ideológico do governo, o escritor Olavo de Carvalho.
Forster, porém, ainda não foi promovido à primeira classe da carreira do Itamaraty —o que deve acontecer em junho. Se for ele o escolhido, sua confirmação deve sair até lá.
Enquanto o governo não anuncia o novo embaixador, Fernando Pimentel assume como interino. Até a mudança, Pimentel era o número dois da representação diplomática brasileira em Washington.
A disputa para a nomeação na embaixada envolvia ao menos dois nomes até a visita de Bolsonaro aos EUA, em março. Além de Forster, era cotado o consultor Murillo de Aragão, da Arko Advice, com bom trânsito entre a ala militar do Planalto —bastante influente junto ao presidente.
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