Risco de novas enchentes faz autoridades do Irã esvaziarem cidades

Fortes chuvas caem no país há duas semanas; governo acusa EUA de bloquearem envio de ajuda

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Dubai | Reuters

Autoridades no Irã decidiram no sábado (6) esvaziarem seis cidades na província do Cuzistão, ao sudoeste do país, em função de enchentes que atingem a região desde meados de março.

Cerca de 1.900 cidades e aldeias do Irã vêm sendo prejudicadas pelas enchentes causadas por chuvas excepcionalmente fortes que começaram a cair há duas semanas. O número de vítimas já chega a 70, e o de desalojados, a 86 mil.
 
O governador da província do Cuzistão, Gholamreza Shariati, disse à TV estatal que equipes de resgate estavam levando os residentes da área para abrigos próximos. Cerca de 80% da produção de petróleo do Irã vem desta região, mas aparentemente as instalações petrolíferas não foram prejudicadas.

Segundo o governo iraniano, todas as perdas serão compensadas, especialmente as dos agricultores afetados. No sábado (6), o Iraque fechou a fronteira meridional de al-Sheeb para turistas e para comércio com o país vizinho, em função das enchentes.

O chefe da Guarda Revolucionária do Irã reiterou que as Forças Armadas "estavam usando todo o seu poder" para minimizar os danos no Cuzistão. Empresas de perfuração têm ajudado nos esforços de resgate em áreas inundadas, usando bombas para remover a água. 

O Irã sofre sanções renovadas dos Estados Unidos nos setores financeiro, de energia, construção naval e de navegação. As medidas reduziram pela metade as exportações de petróleo da nação do Oriente Médio e restringiram seu acesso a fontes de receita no exterior. A primeira rodada de sanções havia sido imposta em agosto, depois de um período de suspensão que começou em 2015.

Segundo o jornal inglês The Guardian, o ministro do Exterior, Javad Zarif, acusa os EUA de "terrorismo econômico" e diz que o país está impedindo o envio de equipamentos para ajuda nos resgates das vítimas das enchentes.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, respondeu que "as enchentes mostram a má administração iraniana em termos de planejamento urbano e de preparo para emergências".

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