O deputado argentino Héctor Olivares, 61, da União Cívica Radical, partido que integra a coalizão governista do presidente Mauricio Macri, foi ferido na manhã desta quinta-feira (9) com um tiro no tórax.
Um funcionário de uma empresa estatal de eletricidade, Miguel Yadón, 58, que estava com ele, morreu após ser atingido por cinco disparos. Os dois estavam caminhando, a uma quadra do Congresso, em Buenos Aires.
Eles foram feitos a partir de um carro estacionado com dois homens dentro, segundo testemunhas.
Um vídeo registrado por uma câmera de segurança mostra o momento do crime (veja a seguir).
Olivares passou por uma cirurgia e está internado em estado grave no hospital Ramos Mejía. Segundo relatório médico, ele sofreu perfurações no fígado, no cólon, no pâncreas e nos dutos biliares.
As polícias federal e civil argentinas anunciaram que o suspeito do ataque é Juan Jesús Fernández, 42, identificado como dono do automóvel de onde saíram os tiros. Ele estaria acompanhado de seu filho, Juan Jesús Fernández Cano, 19.
Os oficiais fizeram uma busca em seu endereço, e levaram seu cunhado, única pessoa que estava na casa, para interrogatório.
Macri disse que irá "até as últimas consequências para descobrir o que aconteceu e quem são os responsáveis pelo ataque ao deputado Héctor Olivares".
Acrescentou que está acompanhando seu estado de saúde e que já conversou com a família do deputado, que é de La Rioja e está indo para a capital.
O secretário de Segurança da cidade, Marcelo D'Alessandro, afirmou que a intenção "direta era matá-lo". "É um atentado, um episódio mafioso."
A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que o ataque foi estudado. "Os dois assassinos estiveram observando o local por vários dias".
Ela sugeriu que o alvo poderia ser, na verdade, Yadón. “Os atacantes dispararam em Yadón como alvo principal e tiveram sucesso em matá-lo. Percebendo a possibilidade de assassinar Olivares, eles tentaram”, disse.
O funcionário público e o deputado compartilhavam um apartamento e caminhavam todos os dias no horário em que ocorreu o ataque.
Héctor Lencinas, porta-voz de Olivares, afirmou que o parlamentar nunca recebeu ameaças de nenhum tipo. "Temos um gabinete aberto, onde recebemos todo mundo, ele estava muito tranquilo".
Os tiros ocorreram no início da manhã, antes das 7h, no centro da capital argentina. Algumas vias da cidade estão bloqueadas devido ao episódio.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.