Um ataque aéreo na noite desta terça-feira (2) atingiu um centro de detenção de imigrantes, a maioria originários da África, no subúrbio de Trípoli, a capital da Líbia, deixando ao menos 40 mortos e mais de 80 feridos.
Trata-se de um dos maiores ataques desde que as forças rebeldes do Exército Nacional Líbio, leais ao marechal insurgente Khalifa Haftar, lançaram uma ofensiva para retomar a capital, controlada pelo governo reconhecido internacionalmente.
O governo em Trípoli disse que o "criminoso de guerra Khalifa Haftar" foi o responsável pelo ataque.
O conflito faz parte do caos instaurado no país desde a derrubada do ditador Muammar Gaddafi, em 2011.
A Líbia é um dos principais pontos de partida de imigrantes de países africanos e árabes que tentam chegar à Itália por botes, mas muitos são interceptados na costa líbia, com apoio da União Europeia.
Milhares acabam ficando detidos em centros de detenção mantidos pelo governo em condições, segundo grupos de direitos humanos, desumanas.
Tajoura, no subúrbio de Trípoli, abriga diversos campos militares de forças aliadas ao governo internacionalmente reconhecido da Líbia, que nos últimos três meses têm combatido forças rebeldes que tentam tomar Trípoli.
Na segunda-feira (1º), o Exército Nacional Líbio (LNA, rebelde) afirmou que daria início a pesados ataques aéreos contra alvos em Trípoli, mas negou ter atingido o centro de detenção de imigrantes.
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