Campanha de Trump negará credenciais a jornalistas da Bloomberg

Decisão ocorre após Michael Bloomberg, proprietário do veículo de mídia, entrar na corrida presidencial

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ginger Gibson
Washington | Reuters

A campanha de Donald Trump à reeleição anunciou nesta segunda-feira (2) que deixará de fornecer credenciais de imprensa a jornalistas da Bloomberg News, empresa de mídia cujo proprietário é o pré-candidato democrata Michael Bloomberg

Após o anúncio de que o empresário entraria na corrida presidencial, a agência de notícias informou que deixará de cobrir criticamente os candidatos democratas —ou seja, Bloomberg e seus rivais—, mas que continuaria a reportar sobre a campanha do presidente dos EUA.

Ainda não está claro se a Casa Branca mudará a forma como se relaciona com os repórteres da Bloomberg News, e o governo americano não respondeu a um pedido de comentário.

Credenciais habilitam jornalistas a ter acesso facilitado a comícios e outros compromissos eleitorais. Membros do público, por sua vez, precisam obter ingressos e enfrentar longas filas para entrar nesses eventos de campanha.

O pré-candidato democrata à Presidência Michael Bloomberg durante entrevista coletiva em Norfolk, na Virgínia
O pré-candidato democrata à Presidência Michael Bloomberg durante entrevista coletiva em Norfolk, na Virgínia - Joshua Roberts - 25.nov.19/Reuters

Em comunicado, Brad Parscale, gerente da campanha de Trump, justificou a decisão de barrar as credenciais dizendo que a empresa "declarou seu viés abertamente". 

O bilionário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York e dono do veículo de mídia que leva seu nome, anunciou no dia 24 de novembro sua candidatura à nomeação democrata para concorrer à Presidência dos EUA.

Para isso, gastará US$ 100 milhões de seu próprio dinheiro em propaganda na internet para atacar Trump.  

Em resposta ao anúncio da campanha à reeleição do presidente americano nesta segunda, a Bloomberg News divulgou declaração de seu editor-chefe, John Micklethwait, segundo a qual "a acusação de viés não poderia estar mais longe da verdade".

"Nós cobrimos Donald Trump de maneira justa e sem viés desde que ele se tornou candidato em 2015 e continuaremos a fazê-lo apesar das restrições impostas pela campanha de Trump."

Após Bloomberg anunciar a candidatura para disputar a Casa Branca, Micklethwait divulgou um comunicado afirmando que a agência de notícias "seguirá com sua tradição de não investigar Mike (sua família e sua fundação) e que estenderá a mesma política para seus rivais nas primárias democratas".

Entretanto, disse ele, a empresa de mídia, cujo foco é a cobertura econômica, continuará a "investigar a administração de Trump".

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.