O Exército da Coreia do Sul informou que a Coreia do Norte disparou ao menos três projéteis de curto alcance no mar nesta segunda-feira (9), como parte dos exercícios de tiro reiniciados há uma semana, após um intervalo de três meses.
O ministro da Defesa do Japão, Taro Kono, disse que os projéteis, que pareciam ser mísseis balísticos, não caíram na zona econômica exclusiva do Japão, embora o governo estivesse examinando detalhes sobre o lançamento.
Uma autoridade dos EUA, sob condição de anonimato devido à sensibilidade dos atores envolvidos, corroborou a informação de que a Coreia do Norte disparou pelo menos três projéteis em direção ao mar oriental e afirmou que uma análise detalhada estava sendo realizada.
A artilharia disparada é parte de um sistema de foguetes de lançamento múltiplo (MLRS). Os projéteis teriam alcance de até 200 km de distância e 50 km de altitude, segundo o alto escalão militar sul-coreano.
Eles foram lançados a partir da cidade costeira oriental de Sondok, de onde a Coreia do Norte disparou mísseis no ano passado.
A Coreia do Sul afirma que o teste parece fazer parte dos exercícios de tiro em andamento desde o final do mês passado, que têm sido supervisionados pessoalmente pelo ditador norte-coreano, Kim Jong-un.
O consultor de segurança nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, realizou uma reunião em vídeo com o ministro da Defesa e o chefe de inteligência para analisar os últimos testes e intenções do Norte.
"Os ministros apontaram mais uma vez que os contínuos exercícios de tiro não ajudam em nada os esforços para construir uma paz duradoura na península coreana", afirmou comunicado da Casa Azul presidencial.
Na quinta-feira (6), Reino Unido, Alemanha, França, Estônia e Bélgica comentaram no Conselho de Segurança da ONU os recentes disparos de mísseis pela Coreia do Norte, chamando-os de uma ação provocativa que violou as resoluções da organização.
O ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte respondeu às críticas europeias como "comportamento imprudente instigado pelos EUA", e a irmã de Kim Jong-un disse que os exercícios não foram feitos para ameaçar ninguém.
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