Elizabeth 2ª homenageia veteranos em aniversário de 75 anos do fim da 2ª Guerra

Comemorações foram suspensas por causa das medidas de combate à Covid-19

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Londres | Reuters

A rainha Elizabeth 2ª prestou homenagens aos veteranos da Segunda Guerra Mundial nesta sexta-feira (8) dizendo "nunca desista, nunca se desespere", um lema da época do conflito que se encerrou há 75 anos.

"Quando olho para o nosso país hoje e vejo o que estamos dispostos a fazer para proteger e apoiar um ao outro, digo com orgulho que ainda somos uma nação que aqueles bravos soldados, marinheiros e aviadores reconheceriam e admirariam", disse ela, num momento em que a pandemia do coronavírus suspendeu parte das comemorações pelo fim da guerra no continente.

A rainha Elizabeth 2ª durante discurso no aniversário de 75 anos do Dia D, que marca o fim da 2ª Guerra Mundial
A rainha Elizabeth 2ª durante discurso no aniversário de 75 anos do Dia D, que marca o fim da 2ª Guerra Mundial - Buckingham Palace/Reuters

Em um dia que deveria ter sido repleto de desfiles e festas de rua, as comemorações do Dia D foram reduzidas por causa do veto a aglomerações.

A Grã-Bretanha prestou homenagem à geração da guerra com dois minutos de silêncio e a transmissão do discurso de Winston Churchill, primeiro-ministro à época, feito durante o conflito.

Em uma curta cerimônia mantida em segredo para evitar a possibilidade de que o público se reunisse, o príncipe Charles colocou uma coroa de flores no memorial de guerra próximo à propriedade de Balmoral, na Escócia.

O pronunciamento de Elizabeth, 94, ocorreu exatamente 75 anos depois que seu pai, George 6º, fez o discurso da vitória pelo rádio à nação —dia em que as forças aliadas aceitaram a rendição incondicional da Alemanha.

Elizabeth, uma adolescente quando a guerra eclodiu, aprendeu mecânica e a dirigir caminhões militares enquanto servia no Serviço Territorial Auxiliar das mulheres. Ela estava no Palácio de Buckingham quando o prédio foi bombardeado em setembro de 1940.

Desde que se tornou rainha, há 68 anos, esta foi apenas a sexta vez que fez uma transmissão especial (com exceção de suas mensagens anuais de Natal). Seu discurso desta sexta foi o segundo desde o início da pandemia da Covid-19.

No mês passado, ela invocou o espírito da Segunda Guerra Mundial, pedindo ao público que mostrasse a mesma determinação e ecoasse as palavras da música "We Will Meet Again" (nós nos encontraremos de novo), de Vera Lynn, que se tornou um símbolo de esperança para os britânicos durante o conflito.

O primeiro-ministro Boris Johnson invocou o "heroísmo de inúmeras pessoas comuns" em sua homenagem aos milhões de britânicos que lutaram e viveram a guerra.

"Hoje devemos celebrar sua conquista e lembramos de seu sacrifício", disse Boris em um discurso transmitido a todo o país. "Somos um povo livre por tudo o que nossos veteranos fizeram. Oferecemos nossa gratidão, nossos sinceros agradecimentos e nossa promessa solene: vocês sempre serão lembrados."

Também houve comemorações por toda a França, onde o presidente Emmanuel Macron realizou a tradicional cerimônia de depositar uma coroas de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, invocou a cooperação dos Aliados durante a guerra em telegramas enviados ao presidente americano, Donald Trump. Boris e outros líderes aproveitaram a ocasião para sugerir que os dois retomassem essa união para enfrentar os problemas de hoje.

Na Alemanha, onde a memória do nazismo, do Holocausto e da devastação da guerra ainda moldam a identidade e a política do país, a chanceler Angela Merkel e o presidente Frank-Walter Steinmeier colocaram coroas de flores no Memorial de Berlim às Vítimas de Guerra e Ditadura.

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