Pesquisa aponta que 74% apoiam protestos contra violência policial nos EUA

Cresce percepção de que brutalidade em abordagens a negros é problema amplo

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São Paulo

A ampla maioria dos americanos apoia os protestos realizados nos EUA pelo fim da violência policial e do racismo, segundo uma pesquisa feita a pedido do jornal The Washington Post.

O estudo apontou que 74% dos entrevistados concordam com os atos, e 25% discordam deles.

As manifestações começaram após George Floyd, um homem negro, ser morto em uma ação policial em 25 de maio. Os atos se espalharam por dezenas de cidades americanas e chegaram a outros países.

Após receber diversas homenagens, o corpo de Floyd será enterrado nesta terça (9) em Houston, cidade onde cresceu.

Mural homenageia George Floyd em Houston, Texas - Johannes Eisele - 8.jun.2020/AFP

Em um recorte partidário, 87% dos democratas são favoráveis aos atos. Já entre os republicanos, 53% apoiam os protestos, e 46% dizem ser contrários a eles.

O levantamento mostrou que, nos últimos anos, mais americanos passaram a considerar que há "problemas amplos" na forma como a polícia trata os negros.

Em 2014, 43% concordavam com a afirmação. Agora, esse índice atingiu 69%.

As percepções sobre a violência em meio às manifestações, como saques e depredações, também foram coletadas. Apenas 10% culparam os ativistas por ela, enquanto 14% responsabilizaram a polícia e 66% a atribuíram a "outras pessoas agindo de modo irresponsável".

A ação policial ao lidar com os atos foi aprovada por 50%, e 44% disseram avaliar que os agentes usaram mais força do que o necessário.

O levantamento também questionou a avaliação dos entrevistados sobre o modo como o presidente dos EUA agiu: 61% desaprovaram as ações de Donald Trump, e 35% as aprovaram. Entre os republicanos, o líder americano tem aprovação de 72%.

Metade dos entrevistados disse preferir um presidente que enfrente a desigualdade racial, e 37% disseram querer um ocupante da Casa Branca capaz de restaurar a segurança.

Trump disse ser o presidente da lei e da ordem e atacou duramente os manifestantes, com ameaças de ataques físicos e de criminalização dos ativistas como terroristas.

A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 7 de junho e ouviu 1.006 adultos. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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