Quase nove meses após a primeira morte devido ao coronavírus, na China, em 11 de janeiro, o mundo chega à marca de um milhão de óbitos pela doença.
O número é alcançado num momento em que a pandemia já se tornou parte do cotidiano. Em alguns casos, a necessidade de adaptação e planejamento para uma nova realidade se confunde com a negação sobre a gravidade da situação.
Multidões em bares e praias sem utilizar máscaras, festas clandestinas, movimentos nas redes sociais pedindo aglomerações e governantes que pressionam pela volta à normalidade tornaram-se cenas comuns.
Hoje, os dados chocantes chamam menos a atenção do que no início da crise sanitária, mas uma comparação com eventos históricos e a capacidade de locais conhecidos pode jogar luz sobre o tamanho do problema.
Quantos Maracanãs seriam necessários para abrigar esse 1 milhão de pessoas? Os nove anos da sangrenta guerra civil da Síria deixaram mais ou menos mortos do que a doença que nos atinge?
As mortes por Covid-19 equivalem a quantas tragédias históricas?
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